O aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair que ocorram entre meia-noite e 23h59, nos dias 21 e 25 de agosto. Atinge, principalmente, Portugal
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) em Portugal entregou um aviso de greve dos tripulantes da Ryanair. As paralisações acontecerão entre 21 e 25 de agosto. A greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre meia-noite e as 23h59 horas dos dias anunciados (tendo por referência as horas locais) e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.
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O anúncio das datas da greve foi feito no mesmo dia em que a Ryanair admitiu que poderá despedir até 500 pilotos e 400 tripulantes de cabine. As justificativas seriam o impacto do Brexit, o aumento do preço dos combustíveis e o atraso na entrega dos aviões Boeing 737 Max.
Ainda segundo o SNPVAC, o fato de a Ryanair continuar a “descumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados pelas agências Crewlink e Workforce”.
Ryanair pode demitir cerca de 900 trabalhadores até o fim do ano
A companhia aérea irlandesa de low coast pretende demitir cerca de 900 trabalhadores até o fim do ano.
O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, admitiu que a empresa tem um excesso de 500 pilotos e 400 assistentes de bordo.
Os número foram mencionados por O’Leary num vídeo — a que a agência Bloomberg teve acesso — destinado aos trabalhadores depois da apresentação de uma queda nos lucros da empresa. O CEO da Ryanair também disse que no próximo verão precisará de menos 600 trabalhadores do que o esperado inicialmente.
“Faremos o nosso melhor para minimizar as perdas de postos de trabalho. Mas, nesta altura, algumas são inevitáveis”, declarou O’Leary no vídeo.
Segundo matérias da Sky News e da Bloomberg, um porta-voz da empresa confirmou a veracidade do vídeo.
A Ryanair já tinha avisado que podia fechar algumas bases europeias e reduzir outras. O estopim das preocupações foi o Brexit e a crise com o escândalo que envolve os Boeing Co’s 737 Max.
Os cortes devem iniciar em agosto, avançar em setembro e outubro e, novamente, depois do Natal.