Não que isso faça muita diferença, mas os ingleses parece que estão tentando transferir a culpa pela sua pouca frequência sexual para as mulheres do país, já que elas não se encaixam na descrição das gulosas descritas na pesquisa.
A justificativa para fazer mais sexo me parece extremamente pobre, mas você pode tentar arriscar suas fichas baseado em um estudo científico.
Se você está buscando sexo casual, é melhor começar a olhar para o quadril das mulheres. Segundo estudo publicado na revista “Archives of Sexual Behavior”, aquelas com quadris mais largos são mais propensas a ter parceiros de apenas uma noite. A relação não é com o prazer sexual, e sim com o parto. Conhecidos como “quadris férteis”, eles facilitam o nascimento e tornam o momento menos traumático para as mulheres, o que faz com que elas curtam mais o sexo sem compromisso.
A relação parece complicada, mas pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, realizaram uma pequisa com 148 mulheres. Aquelas com cadeiras avantajadas relataram ter tido mais relações com parceiros de apenas uma noite. Os cientistas concluíram que a forma do corpo da mulher tem relação direta com a sua decisão pelo sexo casual. Por terem partos mais complicados, as mulheres com quadris pequenos tendem a ter mais cautela no comportamento sexual.
– A largura do quadril das mulheres tem um impacto direto sobre o risco potencial de lesões fatais relacionadas ao parto. Parece que quando as mulheres têm o controle sobre sua própria atividade sexual esse risco se reflete em seu comportamento – disse Colin A. Hendrie, professor de Etologia Humana e Animal da Universidade de Leeds, ao “Telegraph”. – A atividade sexual das mulheres é, portanto, pelo menos em parte influenciada pela largura do quadril.
Entenda a pesquisa
Os pesquisadores definiram quadris largos aqueles maiores que 36 centímetros, e pequenos os menores de 31 centímetros. Eles selecionaram 148 mulheres com idade entre 18 e 26 anos, não virgens. Elas tiveram seus quadris medidos e responderam a um questionário sobre sua atividade sexual, incluindo idade na primeira relação, número de parceiros sexuais e relação emocional com eles.
Aquelas que relataram de três a quatro parceiros de apenas uma noite tinham um quadril cerca de dois centímetros mais largo do que as que contaram ter tido a experiência casual apenas uma vez.
Os pesquisadores ligaram o comportamento com a evolução do ser humano. De acordo com eles, o homem aprendeu a andar ereto e seu quadril foi se tornando cada vez mais estreito para tornar o andar mais fácil.
Nesse processo, o quadril feminino ficou apenas largo o suficiente para permitir o parto. Diferentemente da maioria dos outros primatas, o bebê humano nasce em uma fase menos desenvolvida da vida por conta dessa restrição e, portanto, precisa de mais atenção de seus pais.
– Descobrimos que as mulheres com quadris menores tendem a ter, ao longo de toda a sua história sexual, poucos parceiros sexuais. Elas realmente só tinha relações sexuais no contexto de relações, o que demonstra uma estratégia sexual mais cautelosa. Se engravidassem, haveria alguém em sua vida para ajudá-las – analisou Hendrie.
Apesar de as mulheres classificadas com quadril largo terem relatado mais relações causais, houve exceções em cada ponta.
– Outra coisa importante é que este estudo não está refletindo o que os homens acham atraente, é sobre as mulheres estarem no comando de seu próprio destino, onde podem controlar seu próprio comportamento sexual – ressaltou Hendrie.
Fonte: O Globo