O mau humor dos cronistas esportivos

didiAssim como os críticos musicais andam (ou andavam) mal-humorados, os cronistas esportivos, principalmente os mais experientes, parecem estar sofrendo com uma epidemia de mau humor. Sou fã de gente como José Trajano, Fernando Calazans, Luiz Mendes e muitos outros colegas.

O futebol mudou e com isso o passado torna-se mais e mais bonito, além de ser cada vez menos provável vermos craques ou até mesmo jogadores com boa técnica correndo nos gramados do mundo. Sim, o futebol mudou em todo o mundo e não é apenas no Brasil que não existem mais Zicos, Robertos, Mario Sergios ou Reinaldos. Agora a vez é de quem corre mais.

gersonApesar disso, os campeonatos estão emocionantes (principalmente o brasileiro) e é possível ver bons jogos e belos gols. Portanto, não adianta ficar pensando em um passado que não volta mais. O que vale mesmo é aprender a apreciar o esporte bretão dos nossos tempos.

Vamos jogar as mãos para o céu e agradecer que o futebol atual é melhor do que o dos anos 90 e que muitos dos nossos jogadores são melhores que Nazas, Elzos e afins. Se não for assim, o futebol morre.

2 Replies to “O mau humor dos cronistas esportivos”

  1. Caro,

    Cronistas esportivos e críticos musicais ficam putos pelo mesmo motivo: já viram (ouviram) coisas de qualidade (talvez ainda vejam/ouçam algumas em outros mundos), mas são forçados a trabalhar todos os dias com MERDA. Pior, são obrigados a ENALTECER a merda.

    Por exemplo, quem ouviu Barão Vermelho, Paralamas e Legião em grande fase tem que aturar N X 0, Charlie Brown Jr. e outros Emos — esses meninos que cantam os assuntos de Renato Russo com a profundidade de Jerry Adriani.
    Quem viu o Flamengo de Zico, o Vasco de Roberto, o Botafogo de Garrincha (ok, esse eu citei pra me defender), tem que exaltar Adriano Imperador da Cachaça, Vovô Pet e Maldonado, ou Carlos Alberto no Vascão líder da Segundona

    É ou não é motivo para mau humor?

    Tá, podem me chamar de maniqueísta e dizer que lixo e coisas boas existem em qualquer época. Mas eu acho que é por aí.

    Abraço,

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