Novo álbum e vida longa ao rock e ao The Who

Pete Townshend e Roger Daltrey voltam com o álbum Who e confirmam força dos velhinhos do rock. Disco é para ficar na prateleira dos melhores do grupo

The Who

Parece que foi ontem, mas já faz 13 anos que Pete Townshend e Roger Daltrey lançaram o último álbum com a grife The Who. Se Endless Wire (2006) ficou longe dos melhores trabalhos da banda, o tempo longe dos estúdios parece ter feito bem a Townshend.

Who, o novo trabalho, que foi lançado hoje (6), tem composições bem mais inspiradas e performances mais coesas, especialmente pelo som pesado da bateria de Zak Starkey (filho de Ringo Starr e que não participou das gravações do disco anterior).

O 12? álbum da banda, tem uma grande vantagem sobre seu antecessor: é um disco “sem tema, sem conceito e sem história”, diz Townshend. É apenas uma (boa) coleção de canções.

Essa liberdade faz com que as canções sejam mais variadas, tanto em ritmos e climas, como em termos de assuntos abordados nas canções.

Comparações desnecessárias

Infelizmente, sempre que um artista do peso do The Who lança um novo trabalho, junto com eles chegam as comparações, que muitas vezes servem como muletas para quem quer escrever sem fazer força.

Neste caso específico, parece que a maioria dos (supostos e verdadeiros) críticos escolheu o álbum Quadrophenia como a bola da vez (até Roger Daltrey caiu nessa). Sinceramente, quem assistiu as apresentações do The Who no Brasil em 2017 sabe que as comparações são descabidas.

 

Dizer que em 2017 eles estavam melhores que em 1982 ou 1986 pode até ser verdade, mas não acrescenta nada em termos de perspectiva. São épocas, repertórios e pessoas diferentes. Não há como comparar.

O que podemos ter certeza é que Who é o melhor disco da banda desde Endless Wire (ponto).

Who
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Ainda causando sensação

O disco novo começa logo com uma das melhores e mais cínicas e ácidas canções do álbum. All This Music Must Fade, é a prova de que estamos diante de um verdadeiro disco do The Who.

I don’t care
I know you’re gonna hate this song
And that’s it
We never really got along
It’s not new, not diverse
It won’t light up your parade
It’s just simple verse

 

Se, nos anos 80, Pete Townshend dava a impressão de que guardava as melhores canções para seus discos solo, esse período de turnês com Daltrey & Cia e longe dos estúdios parece ter mudado essa mentalidade.

Essa atitude de “não me importo com o que você pensa” é uma das razões que tornam Who um álbum realmente bom.

Talvez o fato de não terem trabalhado juntos no estúdio (Daltrey colocava os vocais depois das canções prontas) também tenha ajudado no clima mais relaxado do álbum.

Com certeza, a não presença dos dois no estúdio (ao mesmo tempo) não causou nenhum problema em termos de equilíbrio no álbum. Pete e Roger dividem bem o protagonismo no novo trabalho.

Como Keith Moon e John Entwisle não estão mais entre nós, Townshend recrutou músicos de primeira — Zak Starkey, Pino Palladino, Simon Townshend, Benmont Tench, Carla Azar, Joey Waronker e Gordon Giltrap — para forjar o som do novo The Who.

Lembranças do velho The Who

Se All This Music Must Fade é um início mais que auspicioso para um disco de um dinossauro do rock, a maioria das canções funciona bem (ouçam I Don’t Wanna Get Wise). Talvez, She Rocked My World seja o ponto mais fraco do disco e devesse estar como faixa bônus da versão deluxe.

Aliás, as três canções da versão deluxe são muito boas, com destaque para Got Nothing To Prove.

”Esse álbum é praticamente todo composto por canções novas, com apenas duas exceções… é apenas um conjunto de canções que eu e meu irmão Simon escrevemos para inspirar e dar algum tipo de desafio para o Roger”, conta Townshend.

Uma dessas canções que não são novas é Ball and Chain, que Townshend já havia lançado em sua coletânea Truancy, com o título de Guantanamo (2015). O novo arranjo e os vocais de Daltrey deram outra vida a composição, tornando-a uma verdadeira canção do The Who.

Como disse no início do texto, comparações com outros discos do grupo são totalmente inadequadas — até porque os gostos são diferentes e cada fã tem seus discos preferidos — mas há elementos que são bastante familiares.

Há sintetizadores que podem remeter a Baba O’Riley ou You Better You Bet, violões que lembram a atmosfera de Tommy, Quadrophenia ou Who By Numbers, e até alguns vocais que parecem com os timbres dos (então) jovens Daltrey e Townshend, lá por volta de 1967.

Esses momentos de nostalgia estão espalhados por todo o disco e são muito bem vindos.

Embalagem vintage

Se o conteúdo é de boa qualidade, Townshend e Daltrey não economizaram na embalagem do produto. Para a capa do novo disco chamaram simplesmente Sir Peter Blake, responsável por obras como a capa dos discos Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (dos Beatles), Do They Know It’s Christmas? (do Band Aid, grupo que acabou servindo de inspiração para o Live Aid) e Face Dances (do próprio The Who).

O resultado final é mais uma obra que tem tudo para ser lembrada por muitos anos.

Para ouvir muito

O que dizer de Who?

  • Bem, se a primeira coisa que se ouve no disco é “I don’t care /I know you’re gonna hate this song” (Eu não me preocupo;Eu sei que vocês vão odiar esta canção), podemos dizer: “você está errado, Peter”.
  • Vários elementos clássicos do The Who estão no novo álbum. Gaita, sintetizadores, bons riffs de guitarra e power chords. Os vocais ainda são poderosos (apesar de algum uso do auto-tune).
  • Who pode ser o último disco do The Who (os caras estão velhos), mas, se for, é um fim de carreira em ótimo nível.
  • “Who gives a fuck? Nós damos, Mr. Townshend!

Nota: ****

As canções de Who

  1. All This Music Must Fade
  2. Ball And Chain
  3. I Don’t Wanna Get Wise
  4. Detour
  5. Beads On One String
  6. Hero Ground Zero
  7. Street Song
  8. I’ll Be Back
  9. Break The News
  10. Rockin’ In Rage
  11. She Rocked My World
    BONUS TRACKS
  12. This Gun Will Misfire
  13. Got Nothing To Prove
  14. Danny & My Ponies

Dinossauros em alta

Fim de década é o momento no qual várias publicações sobre música (sim, elas ainda existem) fazem listas com os melhores discos da década. Seja na Mojo, Rolling Stone ou algum jornal (inglês ou americano), nomes de veteranos como Nick Cave, Paul McCartney, Bruce Springsteen e Paul Simon, pipocam em todas elas.

Isso mostra que apesar da enxurrada dos Blakes da vida dominando as paradas, ainda há lugar para dinossauros. Eles vivem e ainda jogam pesado.

A banda já anunciou uma série de shows para 2019 e 2020 (veja abaixo e garanta seu ingresso).

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