Dica para a Copa: Transiberiana: uma viagem de trem pelo mundo soviético

O título é longo – Transiberiana: uma viagem de trem pelo mundo soviético (e por outros países que não me deixaram entrar) -, mas a leitura é boa para quem já está na Rússia, ainda vai viajar ou vai ficar acompanhando a Copa por aqui mesmo.

O livro narra as aventuras de Zizo Asnis – escritor gaúcho de guias de viagem – que visitou vários países da ex-União Soviética, como a Bielorrússia e seguindo por Moldávia, Ucrânia e, Rússia, além de Mongólia e China.

O texto é leve, bem-humorado e vai ser uma boa companhia para os intervalos entre os jogos.

Alguns trechos do livro


Chernobyl

“Entrar nesses locais é a parte mais chocante da visita. Não tem como não se comover. Diferentemente de um museu, onde se tem acesso a informações, fotos, documentos, aqui não há nada escrito, fotografado, documentado, mas há evidência de vidas – vidas vividas e bruscamente interrompidas, como raramente se pode testemunhar.”

Cazaquistão

“E o que eu sabia do Cazaquistão? Fazia parte da União Soviética. Tinha montanhas. Tinha uns prédios modernos meio bizarros. E tinha Borat, o segundo melhor jornalista do glorioso país Cazaquistão! Enfim, um destino perfeito, ainda mais estando a poucas horas da fronteira. Só havia um possível problema: eu não tinha o visto. Não há consulado do país no Brasil, e não havia tempo hábil para solicitar em nenhum local durante esta viagem. Entretanto, eu vislumbrava duas chances: conseguir o visto na fronteira, eventualmente pagando uma taxa de ágio (e espero que ágio não seja eufemismo para propina) ou eu ser dispensado do visto. No site do Governo do Cazaquistão, informava sobre a necessidade de brasileiros portarem o visto, mas havia uma informação secundária, numa página mais escondida, que dispensava o visto de brasileiros (acho que a isenção era para diplomatas, mas não estava claro). Mesmo que aquilo tenha me parecido um erro, resolvi arriscar. E mais: constatei que argentinos não precisavam de visto para o Cazaquistão. Como assim? Por que cidadãos da Argentina não precisam e os do Brasil, sim? Considerei aquilo um ultraje diplomático que eu não iria aceitar, e assim, munido de todos os motivos do mundo, eu estava a caminho do território cazaque – sem visto”.

Transiberiana: uma viagem de trem pelo mundo soviético (e por outros países que não me deixaram entrar)

Preço – R$ 39,90
Páginas – 192
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