Com carioquíssimos 40 minutos de atraso, os escoceses do Simples Minds entraram no palco do Vivo Rio, casa de shows na zona sul da cidade, na noite desta quinta-feira (19), para fazer a festa, principalmente de quem estava nos locais mais baratos.
A banda, sucesso total nos anos 80, voltou ao país com uma formação bem próxima da original: Jim Kerr (vocal), Charlie Burchill (guitarra) e Mel Gaynor (bateria), estavam acompanhados de Eddie Duffy (baixo), Andy Gillespie (teclados) e Sarah Brown (backing vocal).
Deixando a chatice politicamente correta de lado, o que se via perto dos instrumentos eram garrafas de cerveja e whisky. Os caras são escoceses, água para que? Nesse tom, logo na primeira canção Kerr, super simpático e animado, chamou quem estava nas mesas mais afastadas (e baratas) para a frente do palco.
Ele queria todo mundo dançando. O pedido agradou grande parte do ótimo público presente, mas desagradou aos fotógrafos – que só poderiam registrar as primeiras três canções – e fazendo com que os que pagaram R$ 250 por uma mesa no setor vip, vissem seus lugares se tornarem, literalmente, os piores da casa.
Para ver algo, só em pé. Um clima totalmente Circo Voador. Mas o grande conflito diplomático aconteceu quando os seguranças da casa resolveram retirar fotógrafos e público. Kerr e banda pararam de tocar e o vocalista disparou:
– Esse é o meu show. Ou eles ficam ou eu não toco.
A decisão gerou um misto de aplausos e vaias, mas, como ele disse, era o seu show.
Com a voz em grande forma, solos de guitarra inspirados, boas intervenções dos músicos de apoio e da vocalista Sarah Brown, o Simple Minds enfileirou sucessos em pouco menos de 2 horas de apresentação.
Alive and Kicking, Mandela Day e (Don´t You) Forget About Me, fizeram todos dançarem e venceram a resistência até de jovens senhoras que subiram em suas cadeiras vips e dançaram bastante.
Fim de espetáculo e todos ficaram com a certeza de que a década de 80 não foi tão ruim assim (pelo menos musicalmente). Vida longa ao Simple Minds.
Fotos: Alex Palarea / AgNews e Jo Nunes
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