São mais de 40 anos de estrada e milhares de shows em dezenas de países e nada de Brasil. O The Who (hoje representados por apenas dois de seus quatro membros originais, Pete Townshend e Roger Daltrey) continua na ativa – com pequenos intervalos -, levando rock de raiz para ouvidos e mentes de humanos normais.
Já foram vários os rumores da vinda do grupo ao Brasil mas parece que as boas lembranças de amigos como Eric Clapton e Paul McCartney não foram suficientes para sensibilizar Townshend.
Pé na estrada e nova ópera rock
Enquanto o grupo experimenta mais um recesso, Roger Daltrey vocalista e ator bissexto prepara uma turnê pelos EUA onde, além de cantar os sucessos do The Who vai apresentar alguns dos seus sucessos solo e ainda promete entoar músicas de artistas como Paul McCartney, Bruce Sprinsteen e Queen.
Para quem não sabe, Daltrey coleciona algumas canções que fizram bonito nas paradas. Without Your Love, Giving It All Away e After the Fire, que devem fazer parte do repertório, são alguns exemplos. Nos concertos Roger será acompanhado por Frank Simes (guitarras), Loren Gold (teclados), Jon Button (baixo) e Scott Devours (bateria), além do companheiro de Who, Simon Townshend (guitarrista, backing vocal e irmão do outro Towshend já citado aqui).
Enquanto isso, irmão Pete anuncia que está escrevendo uma nova ópera rock para o The Who. Floss não terá uma história muito original (pelo menos para os padrões de Townshend) mas pode render um belo disco, planejado para 2010.
Abaixo o anúncio oficial de Townshend:
I am writing a new musical.
FLOSS is an ambitious new project for me, in the style of TOMMY and QUADROPHENIA. In this case the songs are interspersed with surround-sound ‘soundscapes’ featuring complex sound-effects and musical montages. FLOSS will be a son-et-lumiére musical piece, intended for outdoor performance, or arenas. Several of the more conventional songs from FLOSS will be featured on a forthcoming Who recording for release in 2010. FLOSS will be heard in concert for the first time in 2011, at a venue and date yet to be established. I am already having talks with producers in New York.
The collected music and sound for FLOSS convey the story of a married couple whose relationship gets into difficulty. Walter, a straight-cut pub rock musician, is able to retire when one of his songs becomes the TV anthem of a big car company. He becomes a house-husband while his wife Floss devotes herself to a riding stables and stud. When he tries to return to music after a fifteen year hiatus, he finds that what he hears and what he composes evoke the ecologically rooted, apocalyptic mindset of his generation. Shaken by this and torn by personal difficulties, he and Floss become estranged. A series of dramatic events in a hospital emergency ward bring them both to their senses.
While Roger Daltrey exercises his ageing vocal chords by embarking on a two month USE OR LOSE IT solo tour, my focus is on FLOSS, which touches on the current issues faced by the Boomer generation. It also addresses their uneasy relationship with their parents, children and grandchildren. As a 19 year old – with My Generation – I wrote the most explicitly ageist song in rock. At 64, I now want to take on ageing and mortality, using the powerfully angry context of rock ‘n’ roll.
Se a idéia de Daltrey é manter sua voz em forma (embora ela já sinta os efeitos da idade), é bom saber que a força criativa de Townshend ainda existe.
Pelo jeito precisarei vê-los longe da Terra Brasilis.