Um Vivo Rio lotado foi conferir a apresentação do grupo meio argentino, meio uruguaio Bajofondo. Verdade que a maioria do público (e muito dos famosos) foram lá para conferir o som do grupo influenciados pela boa mistura produzida pelos franceses do Gotan Project.
Muitas conversas no hall do Vivo Rio giravam em torno do que esperar da apresentação. Pouco depois de entrar e encontrar minha mesa vejo uma pessoa que pode dar um rumo ao que iríamos ver.
“Já os vi em um show na Patagônia e não tenho dúvidas de que são melhores que o Gothan Project. São mais dançantes e misturam mais influências latinas”, me disse Fábio Gradel, um louco por música que calhou de ganhar a vida advogando.
Não deu outra. O grupo, que promove seu último trabalho – Mar Dulce -, fez um verdadeiro baile – com direito ao público no palco nas últimas músicas – mesclado por momentos , digamos, mais introspectivos, sempre transpirando latinidade. Nesta parte, o premiado Gustavo Santaolalla (Oscar pela trilha de Brockeback Mountain), mostrou que realmente sabe tudo de música.
Além da ótima mistura de ritmos e da eficiente iluminação, a gana dos integrantes, que vibravam como técnicos na beira do gramado após um gol de seus times. Teve gente que viu o começou o show sem muito interesse e, no quarto número, estavam desesperados procurando a máquina fotográfica para registrar o que via.
Embalados pela música tema da novela A Favorita (repetida duas vezes e ainda tocada na versão de estúdio), o Bajofondo ainda reuniu Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que não tocavam juntos fazia mais de 13 anos e levaram o rock do Legião Urbana ao mix de influências milongas que embalaram a noite.
A corrida até a barraquinha de CDs do grupo foi grande após o show.
Ah, onde entram os Beatles? No baixo Hofner usado por um dos músicos do grupo em alguns números.
Fotos: Ag. News
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