Champs-Élysée vai se transformar em uma via (quase) para pedestres

A Champs-Élysée, via mais famosa de Paris deve estar de “cara nova” até o fim de 2030, numa reforma que vai custar €250 milhões e vai reduzir o trânsito pela metade

Enquanto o mundo luta contra a COVID-19 e ainda pairam dúvidas sobre a realização das Olimpíadas de Tóquio (ainda chamada de “Tóquio 2020”) as autoridades parisienses não param de trabalhar pensando nos jogos de 2024.

Um dos projetos mais ambiciosos da prefeita Anne Hidalgo é transformar a avenida Champs-Élysées em uma via praticamente de pedestres e cercada de jardins.

Reforma de €250 milhões

Quem já esteve em Paris e visitou o Arco do Triunfo sabe que aquela parte de Paris é muito semelhante a várias que encontramos no Brasil ou na Itália: uma verdadeira confusão em termos de trânsito.

Lá (hoje) existem uma série de vias movimentadas, sem muita sinalização e que contam com pouca educação dos motoristas para um grande número de automóveis com marcas de pequenas batidas.

Pelos planos de Hidalgo, isso vai acabar. A reforma — que deve custar €250 milhões e tem seu término programado para 2030 — prevê uma mudança quase que total no panorama atual da região.

 

Saem as grandes pistas e o aglomerado de carros, e entram pedestres, ciclistas e muita área verde.

Alguns (poucos) carros ainda vão circular pela Champs-Élysées, mas o local vai ser praticamente uma via para pedestres.

Restaurantes e quiosques para refeições e lanches mais rápidos estão incluídos no projeto, assim como opções de entretenimento, jardins, parques infantis e áreas para que os pedestres possam sentar e descansar, como na maioria dos parques parisienses.

Melhor para o meio ambiente

Com a mudança, os quase 2 km da Champs-Élysées ficarão mais silenciosos e terão a qualidade do ar melhorada.

Essas mudanças seguem o ambicioso plano de tornar Paris uma cidade “carbono neutra” até 2050.

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Para onde vão os carros?

A principal pergunta da maioria dos turistas e daqueles que são contra a mudança é: “onde vão colocar os carros que passam por lá?”.

Bem, se o Rio de Janeiro — uma cidade que, assim como a totalidade das cidades brasileiras, não possui um sistema de metrô que possa ser chamado de “decente” — conseguiu fechar uma das suas principais vias (a Avenida Rio Branco) sem piorar demais o trânsito, isso não deve ser um problema para a capital francesa.

Afinal, apesar de alguns turistas brasileiros terem a audácia de reclamar da malha metroviária de Paris, essa mudança não deve prejudicar em nada quem for visitar a Champs-Élysées.

Mas, é esperar para ver como vai, na prática, funcionar o projeto da empresa de arquitetura PCA-stream, escolhida para criar o visual da “nova” avenida.

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Reivindicação que não vem de agora

Inaugurada em 2 de março de 1864, a Champs-Élysées é, de tempos em tempos, alvo de reivindicações para que seu projeto seja alterado.

A última onda dessas reivindicações aconteceu em 2018, através do Comitê Champs-Élysées, uma organização que reúne comerciantes locais, e obteve resultados.

A Praça da Concórdia também vai ser remodelada

O projeto de renovação já está em andamento e a Place de la Concorde (Praça da Concórdia), a mais importante de Paris e que fica perto da Champs-Élysées), deve ter seu visual totalmente renovado até 2023, pouco antes das Olimpíadas na cidade.

Pelo jeito, quando pudermos voltar a Paris, teremos muita “coisa nova” para conhecer.

 

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