O Reino Unido no pós-Brexit. O que muda?

O divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido trará consequências para os que moram no velho continente e para nós, brasileiros. O Brexit é bom?

O Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia — é uma realidade desde o primeiro dia de 2021, depois de um processo que se arrastou desde 2016.

Mas o que realmente isso muda para os para os turistas brasileiros? Vamos mostrar alguns aspectos que devem nos impactar, assim que as fronteiras forem reabertas aos visitantes vindos do Brasil.

Câmbio pós-Brexit

Uma das consequências previsíveis da separação da União Europeia é a saída de empresas que estavam baseadas nos países do Reino Unido, o que deve causar (pelo menos em um primeiro momento) uma queda no valor da libra esterlina.

Isso deve significar que os custos para os turistas brasileiros devem cair. Londres, por exemplo, é uma cidade caríssima e os preços de hospedagens e restaurantes tendem a ficar menos proibitivos.

É para ficar de olho e torcer.

Menos turistas europeus

Com as restrições de movimentação de pessoas da UE, é basante provável que menos pessoas de países europeus escolham o Reino Unido como destino para férias ou turismo.

Há um sentimento de “traição” entre pessoas de várias nacionalidades, como os alemães e os holandeses.

Isso deve fazer com que as empresas britânicas tenham que “pescar” turistas de outros continentes, inclusive aqui da América do Sul. Com isso, encontrar promoções direcionadas para os brasileiros parece uma solução lógica.

Mais uma vez, cruze os dedos.

Passagens

Se juntarmos uma queda no valor da libra e uma necessidade de seduzir viajantes que não sejam da Europa, é de se esperar que o preço das passagens fiquem bem mais em conta.

Essa é a hora de pesquisar ou pedir a ajuda de algum especialista para encontrar os melhores preços.

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Vistos depois do Brexit

Esse é um aspecto que não muda para os brasileiros, mas vai fazer uma grande diferença para os viajantes dos demais países europeus. Agora, eles precisam de vistos para trabalhar, estudar e até mesmo para ficarem em território britânico por períodos longos de tempo.

Filas na imigração

Finalmente, chegamos em um ponto que vai piorar para europeus e brasileiros. Se antes, os europeus podiam entrar na fila dos cidadãos da união Europeia, deixando que nós, pobre mortais, enfrentássemos a fila comum para quem veio de todas as demais partes do mundo, agora, essa moleza acabou,

Ou seja, a fila que nós vamos enfrentar será muito maior, já que todos os moradores da União Europeia terão que entrar nela.

Tenhamos paciência!

Chocolate. Ah, o chocolate!

Antes do plebiscito que determinou o Brexit, era possível sentir entre as pessoas com mais de 50 anos um sentimento de frustração e que explicava a vontade de se soltar das amarras de Bruxelas.

Para eles, a vida não melhorou depois da entrada do Reino Unido na UE e muitas aspetos pioraram.

Eles reclamavam de que coisas pequenas como as rações para as ovelhas tiveram que ser modificadas (e ficaram mais caras) e que qualquer decisão acabava precisando do aval de pessoas que não faziam parte do reino.

Mas, o que era quase uma unanimidade entre todos os mais velhos era de que o chocolate inglês tinha ficado pior.

Como assim? Bem, antes da entrada no bloco, o chocolate inglês podia ter uma quantidade menor de cacau. Mas, para se adequar as regras europeias e poder ser exportado, o chocolate precisaria ter, no mínimo 30% de cacau.



Esse aumento torna a guloseima (na média) menos doce, o que desagradou demais esse público mais velho.

Ainda não há nenhuma certeza de que os grandes produtores ingleses vão modificar seus métodos de fabricação (como disse, isso impediria a exportação), mas os pequenos produtores já estão voltando para as velhas fórmulas.

Para se ter uma ideia de como esse assunto é importante, uma pesquisa da BBC (deita em 2004) mostrava que 70% dos britânicos entrevistados abririam mão dos seus passaportes em troca de uma barra de chocolate.

Além disso, 92% admitiam comer chocolate e 59% revelaram comer o produto diariamente.

Portanto, embora muitos prefiram chocolate com mais cacau, é melhor não se meter nessa briga.

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