Rede de petiscos de carne suína chega ao Nordeste

,Depois de lojas em Minas, São Paulo, Paraná e Distrito Federal, “Porks – Porco & Chope” chega até Pernambuco e consolida os petiscos de carne de porco entre os brasileiros

A carne de porco está em alta no Brasil faz algum tempo. Mais magra e saudável que a carne de vaca, ela está angariando mais e mais fãs todos os dias.

Com isso, se multiplicam os estabelecimentos especializados em servir pratos e petiscos feitos com a proteína suína.

Esse é o caso da Porks – Porco & Chope. Criada em Curitiba, a Porks já possui 16 unidades espalhadas pelo país, sendo a mais nova inaugurada em Recife (Pernambuco) em setembro.

— O Porks nasceu para preencher ser uma opção nas cidades onde o número de hamburguerias tinha explodido. A primeira loja foi em Belo Horizonte, atrás do shopping Parque Savassi, e a segunda em Curitiba, e aí fomos expandindo — conta José Araújo Netto, idealizador da franquia.

Petiscos com bom preço

Um dos principais atrativos do Porks são os preços. Por se tratar de uma espécie de pub (nos padrões europeus) o cardápio, que tem dezenas de petiscos e sanduíches, apresenta preços que variam entre R$ 10 e R$ 18.

— Podemos praticar esses preços por conta do preço da carne de porco. O aumento demasiado no custo da carne bovina levou grandes chefs a buscarem uma alternativa com um insumo mais barato. Além disso, como funcionamos no esquema de pub — onde o cliente vai até o balcão, faz o pedido e leva para a mesa — diminuímos nossos custos e podemos até não cobrar os 10% do cliente — explica Netto.

Os hits

Mas, quais são os hits do Porks? Bem, além da tradicional costelinha ao barbecue (com cerveja defumada), há as porções de torresmo (são 3 tipos de torresmo diferentes), uma delas (a “Bei com Melado” é uma delícia com um ótimo nome).

— O nosso cardápio é variado. Eu o chamo de “Porco Mundi”, já que tem influências de várias partes do globo. Tem gyosa (pastel japonês), taco (méxico), hambúrgueres (americanos), sanduíches com curry, etc. Os petiscos com os quais trabalhamos são os grandes clássicos de boteco feitos com carne de porco — revela o empresário.

 

Chope artesanal e ajuda a economia local

Outro ponto para a rede é o incentivo a economia local. A maioria dos produtos é proveniente de fornecedores locais, assim como são os chopes servidos em cada uma das lojas.

— Os franqueados compram produtos de fornecedores locais franqueados. Isso serve para a maioria dos produtos, o que melhora a logística, diminui os custos e, como citei, ajuda a economia e as empresas da região. Na verdade, só trabalhamos com chopp artesanal e fabricados na própria região. Isso também diminui custos e fomenta a economia local — revela José Araújo.



Rio ainda “dessuinado”

Enchendo Linguiça, com a cara dos botequins cariocas

Apesar da onda da carne de porco ter tomado conta do país, o Rio de Janeiro parece uma ilha. Somente uma loja (o Enchendo Linguiça), um típico bar carioca, na Zona Norte da cidade, aposta nos suínos (vale muito conhecer).

Mas, não há nada parecido com a paulista “A Casa do Porco”, que desde 2015 sempre aparece na lista dos melhores restaurantes da capital paulista, ou mesmo um lugar com as características do Porks.

Mas ainda há esperanças para os adeptos do “bacon é vida”.

— Ainda não temos nenhuma operação no estado do Rio de Janeiro, mas ainda não encontramos o parceiro certo para abrir um negócio por lá. Mas a região está nos nossos planos — diz Netto.

Uma das delícias da Casa do Porco

Porco é a proteína mais consumida no mundo

No Brasil ainda tem gente com “resistência” a carne de porco. Mas, é preciso frisar, essa é uma atitude totalmente sem fundamento. Afinal, a carne suína é a proteína mais consumida no mundo.

No mundo, a carne suína representa 40,4% de toda a proteína animal consumida. Enquanto isso, no Brasil (segundo a Embrapa), cada pessoa come 15,3 kg de carne de porco ao ano, contra 42,8 kg de frango e 39 kg de carne bovina. Números surpreendentes.

Esses dados ainda são consequência do mito de que carne de porco faz mal para a saúde, como no tempo quando o porco era criado em chiqueiros. Hoje, os rebanhos são criados em fazendas mais limpas do que a casa de muita gente.

Além disso, o Brasil é o quarto principal país produtor de carne suína, exportando boa parte de sua produção.

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Carne magra e saudável

 

Outro mito é a de que a carne suína é gorda. Na verdade, ela possui muito menos gordura do que a maioria dos cortes bovinos.

Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a carne de porco brasileira tem 31% menos gordura, 14% menos calorias e taxa de colesterol 10% menor do que há 40 anos.

— A pessoa que come um sanduíche de pernil nem sempre pensa que está comendo porco. Normalmente, se pensa naquele porco que “faz mal” quando é cozido ou nas partes que se usam na feijoada (pé, orelha, etc), mas mesmo isso é mito — diz o dono da Porks.

Até mesmo a banha de porco, considerada um mal para a saúde, voltou a ganhar popularidade e ser até indicada por médicos como uma maneira menos prejudicial de fazer frituras do que vários óleos vegetais encontrados nos nossos supermercados.

A abertura da loja em Recife tem sido um sucesso. Segundo José Araújo Netto, a nova loja já é a segunda loja que mais vende no país.

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