França decide gastar 150 milhões de euros para recuperar cafés

Um dos ícones do país, mais de 150 mil cafés foram fechados nos últimos 50 anos. Agora, o Governo se mexe para recuperar parte deles

Quem nunca sonhou em sentar em um café parisiense em um dia ensolarado, pedir uma xícara de café e ficar lendo um jornal e olhar o vai e vem das pessoas.

Essa cena, que é comum em vários filmes e realmente acontece na vida real, estava ficando cada vez menos comum, mas isso pode mudar, pelo menos em algumas pequenas cidades.

O Governo da França decidiu gastar €150 milhões para recuperar 1 mil pequenos estabelecimentos em cidades com população menor do que 3,5 mil pessoas. A decisão veio depois que foi constatado que o país perdeu mais de 159 mil pequenos cafés nos últimos 50 anos.

Essa diminuição veio por conta da popularização das redes de fast food e pelo ritmo cada vez mais acelerado da vida cotidiana, o que não permite mais que se “perca tempo” lendo ou apenas apreciando a paisagem enquanto se come um prosaico croissant.

Os cafés e bistrôs fazem parte da cultura francesa e perdê-los pode significar perder parte da identidade do país.

Modernização dos cafés

Um dos objetivos do grupo responsável por administrar a verba, é ajudar os café e bistrôs a se modernizarem, com a instalação de Wi-Fi e de programas de tax return (quando o consumidor pode receber de volta o valor relativo aos impostos cobrados.

Com isso, o governo Francês espera que o número de clientes aumente e que a tradição seja mantida.

Até mesmo em Paris, onde 30 anos atrás os cafés e bistrôs eram 50% dos restaurantes da cidade, o cenário é preocupante. Hoje, esses pequenos e simpáticos estabelecimentos representam apenas 14% dos restaurantes.

Seja em Montmartre, em um bairro mais afastado ou na imponente Champs Elysées, sentar em uma das pequenas mesas ou cadeiras colocadas nas calçadas, pedir um baguete e apreciar o movimento é mesmo uma experiência para guardar para sempre na memória.

Como não pagar mico e não passar aperto nos cafés

Antes de mais nada, tenha em mente que, apesar da globalização, ainda há franceses que torcem o nariz quando se chega falando em inglês logo de primeira. Portanto, um boa ideia é ter na ponta da língua uma frase que quebre o gelo.

“Pardon, je ne parle pas français” (perdão, não sei falar francês). Só isso já é o suficiente para que os locais notem que você, pelo menos, se esforçou em tentar um contato no idioma deles. Depois, tente o inglês (ou o português).

Não se esqueça também de conferir se o local escolhido tem um menu em inglês, caso não domine o francês. Existem bons apps de tradução, mas nenhum deles é 100% confiável. Melhor não arriscar muito.

Outra coisa muito importante é saber os horários dos estabelecimentos. Muitos deles funcionam apenas entre meio-dia e 15h (almoço) e após às 18h (jantar. Ou seja, é necessário se programar (ou fazer uma reserva) para aproveitar o que a cidade tem para oferecer.

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Os pratos imperdíveis

Falar de pratos imperdíveis quando se fala gastronomia francesa é uma missão praticamente impossível.

Você pode economizar comendo um sanduíche na baguete em praticamente qualquer lugar, experimentar pratos conhecidos (e baratos) ou apostar no luxo e sofisticação. Seja lá qual for a sua vibe, a França oferece de tudo.

Vamos listar alguns pratos que você não deve deixar de provar, mesmo que ache que os conhece aqui do Brasil. Tenha certeza de que eles são bem diferentes quando feitos lá no país de origem.

Foie gras — O fígado de pato ou ganso sempre causou controvérsia. Dizem que é crueldade com os animais, mas, Graças a Deus, existem lojas que vendem apenas o produto (industrializado) e várias padarias, bistrôs e restaurantes que fazem o seu próprio foie gras. Então, concentre-se no sabor e não deixe de provar uma das centenas de variações que podem ser encontradas.

Bife bourguignon — Pode parecer um prato simples (carne de vaca guisada em vinho tinto, com legumes e condimentos), mas são os produtos que fazem a diferença. Afinal, o vinho é francês e os legumes são sempre frescos. No fim, o sabor passa longe do encontrado em restaurantes brasileiros.

Cassoulet — O equivalente francês a nossa feijoada. Normalmente, é feito com feijão seco e carne (ganso ou pato). Prove e sinta a diferença.

Croque-monsieur/croque-madame — São os sanduíches feitos com presunto, queijo e molho bechamel gratinado. Uma espécie de misto-quente turbinado. Barato e delicioso.

Steak tartare — Apesar de bastante comum no Brasil, o prato feito com carne de vaca crua e servido com condimentos e ovo (também cru) tem um sabor muito diferente na França. Não sei a razão, mas sei que é muito melhor que os daqui.

Poderíamos ter uma lista com uns 40 ou 50 outros itens, mas isso daria uma fome danada e isso não é justo.

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