Cresce para 25% o percentual de quem recorre ao crediário atraído por baixa burocracia. Inadimplência entre usuários do carnê caiu 13 pontos
A notícia é velha: a economia não reage. O que fazer? Bem, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito o brasileiro está recorrendo a um velho hábito: o crediário.
Crediários e consórcios não são novidade. Novidade é essas ferramentas serem aceitas em um país com a nossa história de inadimplência e desemprego.
Segundo o estudo “três em cada dez brasileiros (30%) fizeram uso de crediário (carnê, boleto a prazo ou cartão para compras exclusivas em uma loja) nos últimos 12 meses – sendo que 26% recorreram a essa modalidade todos os meses. Outros 31% a cada dois ou três meses e 31%, três vezes ou menos no ano, sendo que 26% recorreram a essa modalidade todos os meses”.
Falta dinheiro
Crediário é bom para o consumidor, mas um perigo para o comércio. Claro que vender e receber uma parte do pagamento pode acabar sendo melhor do que não vender, mas mostra a nossa situação precária.
O crediário aparece como solução para quem não tem todo o dinheiro para concluir uma compra e não tem o cartão de crédito como opção. Além disso, os juros do crediário costumam ser bem menos abusivos do que o de outras modalidades disponíveis no mercado.
Perigo de negativação
O grande problema do crediário é o perigo de inadimplência e negativação do nome. O estudo diz que 44% das pessoas que usaram o crediário já foram negativados por atrasos nos pagamentos. E olha que esse número significa uma queda de 15 pontos percentuais em relação ao que tivemos em 2018.
Os itens mais comprados foram roupas, calçados e acessórios e os crediários, em média, duram seis meses.
Acesse a pesquisa na íntegra e a metodologia em: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/pesquisas