Um eclipse lunar total (e bem especial) ocorrerá em 20 de janeiro
Em 20 de janeiro, a Terra passará entre o sol e a lua, bloqueará a luz do sol e lançará uma sombra sobre a lua.
A “super blood woolf moon” recebe esse nome porque o eclipse ocorre quando a lua está cheia (a de janeiro, chamada de ‘woolf moon’) e mais próxima da Terra do que o normal (o fenômeno da super lua). A sombra da Terra fará a lua parecer avermelhada.
O eclipse lunar total será totalmente visível para as pessoas na América do Norte, América do Sul, Groenlândia, Islândia, Europa Ocidental e África. Pessoas em outras partes do mundo verão um eclipse parcial.
No Brasil, o fenômeno poderá ser melhor observado na madrugada de 20 para 21 de janeiro. O ápice está previsto para as 3h12, horário de Brasília.
O eclipse lunar deverá durar uma hora e dois minutos.
Esse eclipse lunar total será o último que veremos até maio de 2021 (embora haja eclipses lunares parciais antes disso).
Explicações semânticas dos fenômenos
Os eclipses lunares totais não são tão raros. O último ocorreu em julho de 2018. Mas este se destacará como uma “super lua de sangue do lobo”, para fazer uma tradução bem tosca do fenômeno.
A Nasa costuma manter um link de streaming online no seu canal do YouTube (abaixo). É bem provável que faça uma transmissão ao vivo do fenômeno, como aconteceu na super lua azul de sangue, no ano passado.
Esse nome é baseado no tempo do eclipse e na posição da lua em relação à Terra. Eclipses lunares totais fazem a lua parecer laranja-avermelhada devido ao efeito que a atmosfera da Terra tem sobre a luz do sol que passa através dela. E é por isso que eles são chamados de luas de sangue.
As luas cheias que ocorrem em janeiro são conhecidas como “luas do lobo” (cada mês recebe seu próprio nome de lua cheia). E esta aparecerá especialmente brilhante e grande porque a lua estará um pouco mais próxima da Terra do que o normal — daí a rótulo “super” —, fenômeno conhecido como perigeu.
Algumas explicações científicas
Durante um eclipse lunar, a lua toca a sombra externa da Terra, chamada penumbra, e então se move para a sombra completa, chamada de umbra. Em seguida, ele volta para a penumbra.
Cerca de 80% da atmosfera da Terra é gás nitrogênio, e o restante é principalmente oxigênio. Depois que nossa atmosfera absorve a luz branca do sol, essa mistura de gás se espalha ao redor das cores azul e roxa, e é por isso que o céu parece azul aos nossos olhos durante o dia.
Durante um eclipse lunar, a atmosfera da Terra dispersa a luz azul e refrata o vermelho — um processo semelhante ao que vemos durante o nascer e o pôr do sol. É por isso que a lua parece ficar vermelha quando está na umbra da Terra.
Para quem pretende acompanhar o fenômeno, vale lemrar que observar um eclipse lunar total não é perigoso — ao contrário de olhar para um eclipse solar sem proteção.