O mercado editorial continua a sua famigerada crise, apesar dos números das publicações digitais só subirem. Parece que a maioria das empresas ainda não descobriu a maneira certa de conseguir extrair verbas desse mercado (eu também quero saber essa fórmula), o que demonstra que o problema está mesmo dentro dos departamentos comerciais e de distribuição do que dentro das redações.
O levantamento também é interessante por mostrar que os maiores crescimentos no digital são de publicações que, dizem, têm forte hum… rejeição: Veja e Época, por exemplo, reforçando a impressão de que os brasileiros engajados são muito pouco coerentes, não é mesmo?
Vejam os números.
O ano de 2017 foi positivo para as edições digitais das maiores revistas do Brasil. De acordo com dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), entre as 16 maiores publicações do Brasil, contando mensais (dez revistas analisadas), semanais (cinco analisadas) e quinzenal (revista Exame) tiveram crescimento em sua circulação digital. Apesar disso, a maioria teve queda em seus números gerais, incluindo impresso e online, e o mercado como um todo caiu 16%.
Entre os maiores saltos digitais de 2017 está a revista Época, que cresceu 288% em digital. Também tiveram destaque Claudia (96%), Mundo Estranho (59%) e Veja (59%). A semanal segue como líder em circulação digital, com média de 355,8 mil exemplares em 2017.
Veja também foi das poucas revistas que viu seus números crescerem de maneira geral, assim como Claudia. A semanal teve alta de 9% de circulação, chegando a 1,23 milhões de exemplares em sua média de dezembro. A revista feminina teve alta 15,4% e fechou 2017 com 327,4 mil exemplares. Ambos os títulos são líderes em suas respectivas periodicidades (clique nas imagens para ver as imagens em maior resolução).
Considerando todas as revistas auditadas pelo IVC, o mercado caiu 16% em 2017 na comparação com o ano retrasado. Em 2016, a circulação média mensal foi de 6,8 milhões de exemplares mensais e, no ano passado, foi de 5,72 milhões. Há dois anos, o IVC auditou 104 títulos, enquanto que em 2017 auditou 73.
Fonte: Meio & Mensagem
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