Ter uma certa idade tem lá suas vantagens. Lembro bem que ao escrever uma matéria sobre o ICQ (lembram dele?) afirmei que o programinha para troca de mensagens instantâneas era o futuro da Internet (que ainda se escrevia com caixa alta). Depois dele, vieram o Messenger e muitos outros. Hoje, vivemos a era do WhatsApp e das redes sociais. No meio disso, o bom e velho e-mail foi sobrevivendo, praticamente sem mudanças. Claro que o surgimento do Gmail e seu espaço de armazenamento praticamente ilimitado teve um bom impacto na imagem ferramenta de comunicação.
Em 2018, a maioria das empresas já se rendeu aos programas de mensagem eletrônica como ferramentas de trabalho. Há até gurus digitais que já decretaram a morte do e-mail (assim como muitos decretaram a morte do rádio, o que não canso de repetir), mas a verdade é que poucas vezes o e-mail esteve tão em alta. A possibilidade de anexar arquivos cada vez maiores, apresentações, filmes, músicas ou planilhas, por exemplo, unidos aos cada vez mais imprescindíveis dispositivos móveis, são uma combinação imbatível, principalmente para o e-commerce.
Não há dúvida que há desafios para tornar os e-mail atraentes e interessantes para as pequenas telas dos smartphones. É verdade que os cada vez mais poderosos filtros de spam (fica aqui o meu sincero agradecimento ao Monty Python – aguardem os próximos posts para entenderem a referência) precisam ser driblados pelas empresas que querem atingir o seu público-alvo.
Truques como o uso extensivo de elementos gráficos ou o envo de ofertas baseado na localização do usuário são algumas das táticas que podem definir o sucesso ou fracasso de um e-mail. Nem precisaria citar a importância de manter a sua base de endereços atualizada, mas sou da antiga e acho que a dica é sempre válida.
Para os que realmente têm a mente antiga e acham que e-mail é ultrapassado, alguns dados que valem uma reflexão.
– Levantamento da provedora de solução de dados Return Path constatou um aumento de 26% no uso de smartphones para a finalidade, comparado com 2012.
– A área de trabalho representa 17% de todos os e-mails abertos, webmail 36% e 47% móvel. – Litmus “The 2017 Email Money Market Share”.
– De acordo com o E-mail Client Monitor, a maior porcentagem de acessos a e-mails via dispositivos móveis acontece no fim de semana, 60% aos sábados e domingos.
– Cerca de 3 em cada 5 consumidores verificam seu e-mail em movimento (celular) e 75% dizem usar seus smartphones com mais frequência para verificar o e-mail
– 60% dos entrevistados verificam seus e-mails de trabalho em um smartphone e 14% em um tablet , enquanto 57% verificam seus e-mails de trabalho em laptop / desktop. – Fluente “O relatório da caixa de entrada, Percepções do consumidor sobre o email”.
– Depois de ver um e-mail de marketing, metade dos consumidores (50%) compraram através de sites móveis, 24% através de um aplicativo de smartphone, 35% comprados em um computador, 27% na loja.
– 83,8% usam seu smartphone para e-mail pessoal, 34,0% usam seus smartphones para e-mail comercial. – Adestra “Estudo de Adoção e Uso de Consumidores”.
– 34% dos consumidores marcaram e-mails promocionais como spam porque não funcionaram bem no seu smartphone.
Se isso não for o suficiente para deixar claro que um bom e-mail ainda pode ser mais eficiente que uma promoção em alguma rede social….melhor você nunca trabalhar com comunicação, vendas ou tecnologia.
Com dados do Dino