É sempre uma honra reproduzir um texto do mestre André Machado. Este é sobre cuidados com a segurança do seu e-mail.
Um ponto importante para se ter uma internet mais segura é gerenciar bem o e-mail, por onde chegam muitos ataques comercializados no mercado negro on-line. Existem empresas especializadas em monitorar sistemas de modo a otimizar seu uso e evitar o phishing (e-mails falsos que levam a roubo de dados de usuários) e outros esquemas do mal. Uma delas é a Return Path, existente desde 2000 e que ajuda a filtrar mais de 2,4 bilhões de caixas de entradas de e-mail mundo afora.
— Apesar dos novos formatos de mensagens existentes hoje (WhatsApp, Facebook, etc), o e-mail ainda é o grande hub das comunicações profissionais, no entanto. Isso não mudou tanto. Pedidos de tarefas, alterações de senhas, anexação de extratos, comprovantes, documentos etc tornam o e-mail um lugar de negócios, por isso sua proteção é fundamental — diz Louis Bucciarelli, diretor geral da Return Path no Brasil e também responsável pela operação na América do Sul.
A empresa fechou recentemente uma parceria com a empresa de segurança Kaspersky Lab para reforçar a segurança no setor.
— Em nossa lida diária temos acesso a bancos de dados de reputação dos IPs (endereços de internet) emissores de mensagens. Sabemos quais são os bons e os potencialmente perigosos — diz Louis. — O e-mail, em si, nunca foi criado para ser um ambiente seguro. Por isso os provedores vêm trabalhando para fortalecer a autenticação dos usuários. E também estamos de olho na travessia do uso do e-mail para smartphones e tablets, de modo que as empresas se adaptem para enviar e-mails que sejam mais adaptados ao ambiente móvel.
Segundo ele, até alguns anos atrás, os ataques de phishing no Brasil poderiam ser classificados como básicos. Mas agora os phishing scams reproduzem páginas web à perfeição, de modo que só usuários mais avançados conseguem distingui-las dos sites verdadeiros. Daí a necessidade de vigilância constante no mundo corporativo.
O spam continua a ser um problema, mas para o executivo um problema recorrente que entope as caixas de entrada é o chamado gray mail (correio cinza).
— São aquelas mensagens de serviços onde o usuário se inscreveu há tempos, mas não lê mais, e ficam se empilhando. Por isso os webmails, como o Gmail, procuram categorizar as mensagens mais importantes, e há serviços web com o mesmo fim.
Fonte: O Globo