Se tinha algo sobre o qual não pairava nenhuma dúvida na minha mente era de que os estádios construídos para a Copa do Mundo estariam funcionando plenamente e que esse seria um item com os quais os brasileiros não precisariam se preocupar. Porém, os últimos acontecimentos já me deixam dúvidas de que eles podem acabar se tornando um grande mico para o país.
O que vi no Mineirão – falta de iluminação do lado de fora do estádio, encanamento de esgoto jorrando merda (literalmente) pelos corredores e engarrafamento monstro na saída do estádio -, aliado aos relatos da falta de infraestrutura no entorno do Castelão, até mesmo com ruas inacabadas, os problemas relatados por coleguinhas no Mané Garrincha – a mesma falta de iluminação externa encontrada no Mineirão, cadeiras numeradas inexistentes e total falta de informações para os torcedores de como encontrar seus lugares, deixam a gente assustado. Isso, sem contar no imenso canteiro de obras que existe no entorno do Maracanã e o inacreditável e inaceitável problema com a cobertura da Fonte Nova, que já teve problemas com menos de 1 semana de uso, por conta de uma chuva!
O fechamento do Engenhão e a queda de uma grade no estádio do Grêmio (arena é um termo que não faz sentido ser usado por aqui), já deixavam dúvidas sobre a qualidade dos projetos, dos materiais utilizados nas construções e da seriedade dos responsáveis pelos clubes em relação à segurança dos torcedores.
Incrível pensar que nenhum dos novos e caríssimos estádios tenha uma cobertura retrátil, o que poderia minimizar os problemas com chuvas e ventos, embora pudesse criar novos “defeitos“. Essa “quebra” na Fonte Nova (que poderia ter ferido muita gente, caso ocorresse em dia de jogo) é motivo mais que suficiente para que todos (governantes, imprensa, empreiteiros e torcedores) liguem o alerta vermelho.
Um desempenho pífio da seleção pode ser aceitável, não ter aeroportos, ruas, rodovias e um sistema de transporte viário decente (nem vamos falar de metrô), também pode ser tolerado, mas estádios novos caindo na cabeça das pessoas é inadmissível.
Que Deus nos ajude.