O mais quieto e espiritual dos Beatles, o caçula George Harrison, completaria hoje 70 anos, caso não tivesse sido vítima de um câncer e falecido em 2001. Os rótulos citados no início do parágrafo são apenas isso: rótulos.
George era uma pessoa complexa e que passou toda a sua vida pós-Beatles, se recusando sempre a participar ou admitir a participação em qualquer projeto que envolvesse uma possível volta do grupo. Sua aparição no projeto Anthology só aconteceu – e mesmo assim com muitas restrições, impedindo até mesmo o lançamento de uma terceira gravação inédita, que seria uma composição sua em parceria com o desafeto Paul McCartney – por conta da possibilidade de falir.
Musicalmente, Harrison foi brilhante em alguns momentos e verdadeiramente medíocre em outros (como acontece com qualquer astro pop).
Mas, melhor que tentar analisar a vida e a obra dele, vale recomendar o ótimo documentário Living in the Material World (dirigido por Martin Scorsese) e ouvir alguns de seus melhores álbuns (All Things Must Pass, George Harrison e Cloud Nine).
Valeu por tudo, George.