“The question that sometimes drives me hazy: Am I, or the others crazy?”
Sempre soube que não sou normal. Gosto de sonhar acordado, imaginar finais felizes para situações impossíveis, fantasiar um mundo sem música ruim, sem pessoas com mau-caráter ou incompetentes. Claro que isso (talvez) não seja o suficiente para me internar em um hospício, mas, algumas vezes, me sinto como se já estivesse em um.
As pessoas parecem se esforçar no estranho hábito de serem estranhas. Atitudes extremadas, frases desconexas, promoções sem mérito ou lógica, leads invertidos, sentimentos desprezados, humores biolares.
Cada vez mais chego a conclusão de que aquele bordão: “Eu sou NORMAL!“, usado pelo Francisco Milani no antiquíssimo Viva o Gordo, é válido para mim, mesmo com todo o meu esforço.
A loucura pode estar escondida atrás de uma vassoura, da ida até uma igreja ou no stress causado pelo pânico em ter que tomar alguma decisão, aceitar algum erro ou simplesmente fazer algo. Ela também pode estar escondida em um sorriso bonito ou um olhar aterrador. Isso pouco importa. O que importa é ficarmos longe dela, pelo menos o suficiente para que ela não tome conta das nossas almas.
A loucura é o único e verdadeiro momento/estado de lucidez do ser humano.
Acordamos e dormimos esperando encontrar um sentido para nossas ações, nossas crenças, nossas existências. Einstein mesmo já dizia que não há maior sinal de loucura do que fazer a mesma coisa repetidamente e esperar a cada vez um resultado diferente. Quem acordou hoje e não é louco, então?
Como disse Caetano” De perto ninguem é normal”