Apesar de nunca ter trabalhado exclusivamente com críticas musicais, o fato de ser colecionador e amante de boas melodias, harmonias e letras, sempre me deixou um espaço para escrever sobre o tema em todos os veículos nos quais trabalhei.
Sem querer entender de tudo ou posar de erudito, acho que o básico de uma crítica eu consigo transmitir – a qualidade do trabalho e um pouco da história do álbum ou show em questão. Infelizmente, tanto a velha quanto a nova geração de jornalistas especializados têm a tendência/vício de criar imagens que, muitas vezes, demandam mais tempo para serem entendidas do que o tempo que se leva para saber se o disco é bom ou não.
Hoje, fico feliz quando leio opiniões opostas as minhas sobre algum disco ou quando leio textos que são praticamente idênticos aos meus sobre algum show. Isso mostra que assistimos ao mesmo espetáculo e que há gostos diversos em relação aos lançamentos que chegam até as redações.
Outro dia, um estagiário disse que o que menos gostava nos jornais eram as críticas musicais, porque diziam pouco sobre o que interessava: a música. Ok, a prova do estagiário não foi nem um pouco brilhante, mas até acho que ele tem razão. Há uma recorrente prática de fazer narizes de cera ou ligações históricas/psicológicas que, na maioria das vezes, só mesmo os autores conseguem enxergar.
Claro que há textos brilhantes, boas sacadas e uma linguagem única para cada veículo de imprensa, mas é frustrante quando terminamos de ler uma resenha sem saber se estão falando bem ou mal do conteúdo do CD/DVD.
Aqui no F(r)ases da Vida, tenho a oportunidade de escrever sobre o que quero sem a obrigação de dar algo em primeira mão. Isso permite que ainda esteja com textos sobre caixas do U2 e do The Who no forno, assim como uma biografia musical de Elton John e outras coisitas mais.
Enfim, não entendeu o sentido deste post? Acho que nem eu! :p
Partes desse texto foram escritas em algum momento de 2002