Sei que meus fieis leitores estão sentindo falta das pesquisas inglesas. Sei que as americanas, italianas ou canadenses não têm o mesmo charme, mas também têm o seu valor. A de hoje fala sobre a faculdade de quem fala duas línguas em retardar o desenvolvimento do Alemão Maldito – o Alzheimer.
Não sei se esse estudo realmente tem fundamento, mas até que eu ficaria feliz.
Dominar um segundo idioma vai além de melhorar o currículo e facilitar a comunicação em viagens. Segundo uma pesquisa da Universidade de York, no Canadá, também pode retardar o desenvolvimento do Alzheimer.
A cientista Ellen Bialystok analisou 450 pacientes com a doença, sendo uma metade bilíngue (duas línguas faladas regularmente por boa parte da vida) e a outra composta por quem sabia apenas o seu idioma natal. Todos apresentavam o mesmo grau de comprometimento.
Os voluntários bilíngues manifestaram sintomas da patologia e foram diagnosticados cerca de quatro ou cinco anos depois que o restante. Ellen disse ao jornal The Huffington Post que, apesar de o levantamento focar em bilíngues de longo prazo, pessoas que começam a aprender uma nova língua mais tarde também têm a ganhar.
Grande parte do estudo do bilinguismo tem se concentrado em bebês. Conversar com eles em duas línguas permite que as aprendam no tempo que os outros costumam aprender somente uma. Seus cérebros parecem se tornar mais flexíveis e, com o tempo, mostrar melhor controle executivo (capacidade de raciocinar de forma mais complexa). Ellen completou que são justamente os anos de bom controle executivo que fazem com que o Alzheimer não se manifeste tão rápido.
Texto de Patricia Zwipp, do Terra