Como os jovens brasileiros se comportam na Internet? Este foi o tema da sexta edição do projeto “Este jovem brasileiro”, desenvolvido pelo Portal Educacional (www.educacional.com.br). Mais de 10,5 mil alunos de 13 a 17 anos, de 75 escolas da rede particular de ensino de todo o país, participaram da pesquisa. Eles responderam anonimamente a um questionário online sobre seus hábitos de uso da Internet, relações virtuais, exposição, violência e situações hipotéticas que podem ocorrer com quem usa a rede.
Entre os participantes da pesquisa, 99% têm computador em casa, metade no próprio quarto, e 55% usam computador todos os dias, sendo que 40% usam Internet de 2 a 4 horas por dia durante a semana, mas 15% ficam conectados por mais de 8 horas. Nos finais de semana, o número de horas de conexão é maior, e as redes sociais (MSN, Facebook, Orkut) são a categoria mais acessada, o que sinaliza que muitos estão trocando horas de lazer e convivência com os amigos para ficar na frente do computador. Mais de 20% dos participantes avaliam que seu uso de Internet está acima do normal ou se consideram dependentes e 17% enfrentam conflitos com os pais por conta do excesso de uso.
A sexta edição do projeto “Este jovem brasileiro” confirma dados já observados em edições anteriores no que diz respeito à forma como os jovens estão se relacionando: 60% dos participantes da pesquisa já usaram a Web como forma de conhecer pessoas, sendo que desses, 27% usaram as redes sociais para tanto; 38% já fizeram amigos na Internet que trouxeram para a vida real e 25% já “ficaram” com pessoas conhecidas por meio da rede. Ao se aproximar de um desconhecido, 97% dizem não confiar logo de cara em quem conhecem pela rede – 44% admitem a possibilidade de marcar encontros reais, 32% seriam muito cuidadosos, 10% teriam algum tipo de cuidado, mas 2% não teriam maiores preocupações.
Outra questão importante é como o jovem se expõe na Internet e se ele tem noção do impacto que essa exposição pode ter em sua vida futura. As respostas revelam que 36% costumam postar comentários na Internet, e 71% costumam postar fotos; 7% já colocaram fotos ou filmes mais ousados na rede. 35% não usam filtros para impedir que qualquer um acesse as suas informações e quase 7% costumam abrir a webcam para pessoas que não conhecem. Do outro lado, muitos já enfrentaram problemas por causa dos conteúdos publicados na Internet: 17% no namoro, 11% na escola e 19% com os amigos. Além disso, 10% já enfrentaram problemas por causa de imagens ou posts publicados por outras pessoas na rede.
A violência também foi abordada na pesquisa, e entre os entrevistados, 69% concordam que o anonimato da Internet estimula as pessoas a ofenderem umas às outras, e 29% já fizeram algum comentário ou tiveram alguma atitude ofensiva com amigos ou desconhecidos na Internet. Nas respostas, 31% disseram que já foram vítimas de alguma forma de violência, 11% de preconceito e 15% já se sentiram mal em função de alguma agressão sofrida. Mais de 3% evitaram sair de casa, falar com alguém ou ir à escola por algum problema surgido na Internet.
O projeto também procurou checar se alguns tipos de comportamento na Internet poderiam estar potencializados em alguns grupos de jovens. A conclusão é que quem falta muito e vai mal na escola, tem problemas emocionais frequentes, relação péssima em casa ou pai e mãe que já faleceram, fuma, usa drogas ou bebe com freqüência, tem maiores riscos de exagerar no uso da Internet, passando noites em claros e criando dependência, de desenvolver comportamentos que coloquem em risco sua segurança, criem problemas de relacionamento com os amigos ou causem exposição indesejada, e ainda de fazer comentários ou agir de modo ofensivo
Texto divulgado originalmente pela Positivo Informática