O silêncio quase religioso que podia ser notado durante quase todas as canções do show, contrastava com a reação hiper calorosa que a platéia dava até mesmo aos números ainda inéditos, apresentados neste sábado pelo Boca Livre.
O grupo, que ainda apresenta um espetáculo baseado no lançamento do seu DVD, aprimorou a apresentação e conseguiu lotar por dois dias o Teatro Rival – o que não é fácil, principalmente em um sábado, quando poucos se animam a ir até o Centro da cidade. Lourenço Baeta, David Tygel, Maurício Maestro e Zé Renato, estão mais entrosados que nunca e cantando harmonias renovadas sobre melodias que já são conhecidas há décadas.
A duração dos aplausos durante canções como Toada, Feito Mistério e Bicicleta, mais os incessantes pedidos por Diana e Ponta de Areia, devem deixar a certeza de que o grupo precisa manter uma carreira constante, mesmo com os projetos individuais dos seus componentes.
O Boca Livre fez mais uma apresentação onde faltou tempo. O público queria mais e só saiu porque o grupo realmente tem um roteiro. Caso contrário, talvez ainda estivéssemos lá ouvindo a bela música que vem daqueles quatro afinados homens.
Nota: 10