A música é uma benção. Projetos como o Palco MPB, promovido pela rádio MPB FM e que reúne todas as semanas um grande nome da música brasileira com um público formado por pessoas que não precisaram pagar ingresso (senhas são distribuídas gratuitamente durante o dia). Os encontros são sempre realizados em casas aconchegantes (atualmente acontece no Teatro Rival) e podem ser conferidos todas as terças e domingos na rádio e a qualquer momento na Internet.
Durante os último dois anos e meio venho sendo uma presença assídua nesses encontros. Já foram Zé Renato, Frejat, Lô Borges, Flávio Venturini, João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Jair Rodrigues e muitos outros, sempre ciceroneados pelo fantástico Fernando Mansur.
Na última segunda-feira (11/5) a festa foi por conta dos Paralamas do Sucesso, que divulgam seu mais recente trabalho, Brasil Afora . Ver Herbert Vianna tocando e cantando é sempre um prazer e uma imensa alegria, por tudo que ele passou após o acidente de 2001, que quase o matou. Claro que ficaram seqüelas, houve alguma perda, mas ele estar lá sobre o palco é muito bom de se ver.
Como é a filosofia do programa, o artista convidado prepara um set de cerca de 1h, dando prioridade ao material novo e mesclando alguns sucessos. A tarefa parece sempre mais complicada quando quem toca tem tantos sucessos quanto os Paralamas.
Herbert, Bi Ribeiro, João Barone e mais João Fera (teclado), Monnteiro Jr. (saxofone) e Bidu Cordeiro (trombone) fizeram uma apresentação cheia de emoção e, surpreendentemente, com mais repetições (por motivos técnicos e musicais) que a maioria dos convidados.
Se as canções do novo disco foram bem recebidas, os sucessos levaram o público a loucura. Alagados, Meu Erro, Vital e Sua Moto e Óculos fizeram todo mundo cantar e a incomum proximidade entre público e uma banda do porte dos Paralamas tornou tudo muito mais especial.
Para coroar o terceiro show seguido com citações aos Beatles (por que será que se gosta tanto desses caras?) Herbert emendou o riff de Day Tripper na parte final de Alagados (veja o vídeo abaixo).
Que bom que a música ainda surpreende (Bajofondo), promove grandes festas (Cachorro Grande e Oasis) e emociona muito, como no caso dos Paralamas. Que bom que há público para todos os estilos e gostos.
Vamos ao Skank e ao Heaven & Hell.