País da esperança, país do futuro, país em desenvolvimento. AI-5, ditadura, Collor, Eurico, duplas sertanejas. Parece que o brasileiro é mesmo um povo fadado a passar por provas de fé. Mesmo assim o jovem brasileiro dá a impressão de ter uma crença inabalável em um futuro promissor.
Ter mais esperança que o povo do Zimbábue faz sentido. Ter mais esperança que os suíços…nem tanto. Entretanto, uma pesquisa realizada em 2007 e divulgada este ano diz que ‘o jovem brasileiro é o que tem mais esperança de felicidade’.
Gente, nessas horas que a minha descrença pela humanidade volta com força total. Que o Brasil melhorou, ninguém discorda, mas para ter esperança de que as coisas vão melhorar nos próximos cinco anos, muita coisa precisa mudar radicalmente. Falar em políticos corruptos, desvios de verbas, sistema de Saúde falido, transportes ineficientes e violência, pode parecer apenas clichê ou discurso de candidato a algum cargo político. Infelizmente, não é.
Ainda teremos uma Copa do Mundo e, quem sabe, uma Olimpíada no país. Acreditar que esses eventos vão servir para deixar melhorias permanentes nas cidades – Rio, em particular – me parece de uma ingenuidade gigantesca.
Quero uma cidade onde não demore três horas indo e voltando do trabalho, que não pare quando um caminhão bate em um túnel. Quero um salário que traduza minhas funções, mais QI e visão ao olhar para cima, mais consultas quando for para decidir coisas que precisem de execução.
É, sou minoria, não vejo nada disso chegando.
PS: Mais sobre a pesquisa? É só seguir o link.