Com a oferta de wi-fi nos voos se tornando comum, essa pergunta é cada vez mais repetida pelos viajantes
Uma das coisas que mais incomodam as pessoas que viajam de avião é a obrigação de desligar ou colocar os aparelhos eletrônicos no “modo avião”.
Essa diretriz é um problema para quem trabalha usando notebook, smartphones e tablets, e para quem viaja com crianças viciadas em jogos.
Mas, se muitos voos oferecem wi-fi, qual a razão dessa restrição durante pousos e decolagens?
O problema são as torres
A razão para que os aparelhos eletrônicos não fiquem ligados durante os procedimentos de pouso e decolagem é que eles podem interferir com os equipamentos da aeronave.
Na verdade, as frequências emitidas pelos celulares e outros aparelhos podem interferir na comunicação entre o avião e as torres de comunicação que ficam em terra e enviam informações sobre altitude e velocidade para a aeronave.
Caso os gadgets não estejam desligados ou em modo avião, eles vão tentar se comunicar com todas as torres que estiverem ao seu alcance, o que pode causar acidentes, sempre graves.
Wi-fi seguro durante o voo
A razão para que os aparelhos possam ser ligados (e usados) durante os voos é que a partir de certa altitude (quando as ondas dos smartphones, por exemplo, não possam alcançar mais as torres no solo) o perigo acaba.
A maioria das empresas equipa seus aviões com sistemas de wi-fi que não interferem na navegação.
Ainda há restrições para o envio de mensagens de texto (SMS) e para realizar ligações de voz, mas isso é algo que deve ser resolvido em breve.
Qual a solução?
Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas para que os sinais dos aparelhos eletrônicos fiquem restritos aos limites da aeronave. Assim, não haverá mais a chance de interferência na navegação.
Algumas empresas, como a Virgin, já utilizam uma tecnologia que permite até ligações de voz durante os voos, mas essa prática ainda está longe de ser popular e grátis.
No Brasil, wi-fi nos voos ainda não é uma prática comum, principalmente nas cias. nacionais.
Porém, com a chegada do 5G e, consequentemente, de aparelhos mais caros, é esperado que o wi-fi se torne uma exigência básica dos clientes.
Portanto, não adianta ficar com raiva das aeromoças e atendentes. Quando eles pedirem para desligar os aparelhos, obedeça.
O ideal é, antes de comprar sua passagem, se informar se a empresa aérea oferece o serviço de wi-fi e, muito importante, se a aeronave na qual será realizada a viagem possui essa tecnologia.
Ter acesso a essas informações pode até justificar pagar um pouco mais caro para não perder o acesso ao “seu mundo” digital.