Autoridades acreditam que o golpe pode ter atingido mais de 10 mil pessoas nos últimos quatro meses
Como diz um famoso jornalista: “deve ser difícil viver em um país onde não se pode confiar nas autoridades e nas pessoas, em geral”.
Um grupo de funcionários da empresa farmacêutica Kimia Farma foi presa no Aeroporto Internacional de Kualanamu, na Indonésia, por lavarem, reembalarem e reutilizarem bastonetes de testes de COVID-19.
Golpe sem escrúpulos
Como na Indonésia os testes para detectar a COVID-19 são obrigatórios, o golpe, acreditam as autoridades, pode ter milhares de dólares para os criminosos, que podem ter atingido mais de 10 mil pessoas só nos últimos quatro meses.
Junto com o grupo, a polícia encontrou cotonetes e embalagens “recicladas” e cerca de R$ 55 mil em dinheiro.
Na Indonésia cada passageiro paga algo em torno de R$ 75 por cada teste e, com o golpe, os criminosos ficavam com os testes que podiam ser vendidos para outras pessoas e farmácias da região.
Falso positivo nos testes
O golpe foi descoberto depois que o teste de um policial obter um falso positivo.
Por conta disso, segundo o jornal South China Morning Post, dois advogados que voaram com frequência para a Indonésia pretendem abrir uma ação civil coletiva contra a empresa farmacêutica por danos de 1 bilhão de rúpias (R$ 370 mil) para cada passageiro atingido pelo trambique.
Penas pesadas
Segundo as leis de Saúde da Indonésia, as penas para o grupo podem chegar até 10 anos de prisão. Os “suspeitos” ainda podem ser condenados a até cinco anos de prisão por descumprirem a Lei de Proteção ao Consumidor do país.
A Indonésia possui a quarta maior população do mundo e já registrou mais de 1,6 milhão de casos e 46 mil mortes, um número bem menor do que os atingidos pelo Brasil.
Esse caso serve como exemplo de que é sempre preciso ficar atento nos momentos de vacinação e aplicação de testes para a COVID-19.
Com informações da CNN