Mundo estranho: marca de queijo troca de nome por suposto racismo

Com mais de 80 anos de história na Austrália, o queijo, batizado por conta do inventor do seu método de fabricação, é acusado de ter o nome de um termo racista

Alguns reclamam quando ouvem a expressão: “o mundo está muito chato”, mas parece que o apetite peço politicamente correto não tem fim, mesmo quando as razões são praticamente sem sentido.

Imagine só um produto com mais de 80 anos de mercado, cuja marca leva o nome do “inventor” do tal produto e que hoje, em 2021, vai ter que mudar o nome por pressões por parte de pessoas que dizem que o nome do produto é um termo racista.

Bem, isso está acontecendo na Austrália com o “Coon Cheese” (um queijo processado com jeitão de cheddar). O termo “coon” é usado em alguns países de língua inglesa (não na Austrália) para se referir de maneira pejorativa a pessoas da raça negra.

O problema é que o nome “Coon” se refere a Edward William Coon, fundador da Saputo Dairy Australia (empresa que detém a marca e inventor do processo de fabricação do queijo). Pior, essa linha de queijos existe desde 1931 (80 anos).

Mas, nesses tempos onde tudo parece ter alguma motivação “preconceituosa”, a empresa decidiu mudar o nome da sua linha para “Cheer Cheese”.

Por nota, a Saputo disse que a mudança de nome visa alinhar “com as atitudes e perspectivas atuais”.

Essa não é a única mudança de nomes de produtos na Austrália (a Nestlé também fez mudanças em marcas de chocolates e doces), mas é uma das maiores derrota da sociedade minimamente inteligente. Segue a mesma lógica dos que querem modificar as obras de Monteiro Lobato ou proibir as “Mil e Uma Noites”.

E, olha, o Dia do Queijo foi comemorado este mês.

Lamentável.

PS: No Brasil é vendido o queijo “Crioulo”. Será que alguém acha que esse nome também precisa ser mudado?

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