Dados, que levam em conta apenas as vendas de CDs e discos de vinil nos EUA, também mostram crescimento dos serviços de streaming pagos
Faz décadas que a indústria musical afirma estar “em crise”. A venda de mídias físicas (CDs, DVDs, vinil) vem caindo e, com isso, a lucratividade das gigantes do setor.
É verdade que as práticas da indústria (e os preços praticados) não ajudam para uma mudança nesse cenário, que, agora, parece se consolidar com a divulgação de que a venda de discos de vinil supera a de CDs pela primeira vez desde os anos 1980.
Espaço para edições especiais em CD e vinil
Nesse estranhíssimo ano de 2020, as vendas de discos de vinil chegaram aos US$ 232,1 milhões, enquanto as de CDs acumularam apenas US$ 129,9 milhões (tudo isso nos EUA).
O consumo de música não caiu, mas a diminuição do número de fábricas e os (caros) preços praticados pelas gravadoras, estão fazendo com que somente edições especiais sejam realmente interessantes de se comprar. Mesmo assim, tendo sempre o olho bem aberto em relação aos preços.
Streaming pago ganha força
Ao mesmo tempo que a indústria parece querer enterrar as mídias físicas, os serviços de streaming — embora ainda longe de oferecer os ganhos que CDs e vinis dão — vêm crescendo.
A maioria dos usuários desses serviços ainda optam pelas modalidades grátis (com anúncios e uma série de restrições), mas a pesquisa da Recording Industry Association of America (RIAA ou Associação Americana da Indústria de Gravação) mostra um aumento de 24%!
Ainda segundo a RIAA, o lucro do streaming cresceu 12%, chegando aos US$ 4,8 bilhões. O número pode parecer gigante (e é), mas apenas uma pequena parcela desse montante vai para as gravadoras e para os artistas.
Streaming, which includes the revenue of paid streaming, ad-supported streaming and streaming radio, grew 12% to $4.8 billion during the first six months of 2020, RIAA found.
As tendências
Desde 2005 que as vendas de discos de vinil vêm crescendo. Neste primeiro semestre a alta nos lucros foi de 4%, enquanto a queda nos lucros das vendas de CDs caiu 48%.
Ok, 2020 pode (e não deve) servir de parâmetro para nada, mas os dados estão aí. As vendas de mídias físicas foram de apenas US$ 376 milhões e não se sabe o que vai acontecer durante (e depois) da Black Friday e do Natal.
Mesmo com toda a “crise”, as vendas de música cresceram 5,6% na terra do Tio Sam, alcançando uma bem razoável cifra de US$ 5,7 bilhões.
Ou seja, poucas vezes se consumiu tanta música como agora.
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