Galeão já chega a quase 50% de reaproveitamento de resíduos sólidos gerados no terminal, gerando economia e preservando o meio ambiente
Sempre ouvimos que os aeroportos brasileiros mais se parecem com rodoviárias do que com aeroportos (sempre no mal sentido). Porém, há (ainda bem) exceções.que confirmam a regra.
Uma dessas exceções é o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Apesar de ainda ser subutilizado (muito por conta das más condições do estado e da cidade do Rio de Janeiro), o terminal está sempre se modernizando.
A mais recente das boas notícias é a de que, nos últimos 5 anos, o terminal dobrou o percentual de reciclagem de resíduos produzidos no aeroporto, chegando perto dos 50% de reciclagem, quando a média nacional é de apenas 3%.
Segundo o RIOgaleão (consórcio que administra o aeroporto), os indicadores de reciclagem do RIOgaleão passaram de 22% em 2015 para 47% em 2020.
– Neste período, fortalecemos a conscientização da comunidade aeroportuária promovendo treinamentos e capacitações quanto aos procedimentos adequados de descarte de resíduos. Esta prática nos ajudou a atingir percentuais significativos de reciclagem no aeroporto – explica Karen Shigueno, responsável pelo Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do RIOgaleão.
O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos engloba três públicos principais: integrantes da concessionária, prestadores de serviços e cessionários, que recebem treinamentos frequentes sobre a importância da gestão dos resíduos gerados em suas atividades.
Com isso, de julho de 2015 a julho de 2020, foram encaminhadas para compostagem 6.883 toneladas de resíduos orgânicos. No mesmo período, outras 4.689 toneladas de recicláveis foram destinadas a cooperativas de reciclagem. Se somadas, as duas frentes seriam capazes de carregar aproximadamente 18 aeronaves AN-225 (maior avião cargueiro do mundo) em suas capacidades máximas.
Reciclagem de resíduos ajudando o meio ambiente
Além dos avanços na área ambiental, o crescimento do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos também reflete em economia para o RIOgaleão, já que reduz os custos com a destinação dos materiais que devem ser descartados.
– É preciso ampliar a consciência de que os resíduos gerados pelos seres humanos não desaparecem e que o comportamento de cada um faz uma enorme diferença na redução do impacto ao meio ambiente. Se todo mundo fizer a sua parte, o ganho será coletivo. Gestão de resíduos não é uma resolução individual – destaca Karen.
Que mais ações como essa se espalhem pelo Brasil