United, Delta, American e Alaska decidiram manter a política de permitir a remarcação de “voos domésticos” sem a cobrança de nenhuma taxa
A indústria da aviação continua se movendo para a volta dos passageiros em um novo/velho patamar.
Gradualmente, as viagens vão retomando a normalidade, mas ainda deve demorar para alcançarmos números próximos dos que tínhamos em tempos pré-pandemia.
Pensando em acelerar esse processo, algumas das principais cias. aéreas dos Estados Unidos — United Airlines, Delta Air Lines, American Airlines e Alaska Airlines — decidiram tornar permanente a isenção da cobrança de qualquer taxa para a remarcação de passagens.
Essa isenção não se aplica a diferença nos preços das tarifas, mas já faz uma grande diferença no bolso de qualquer viajante. Antes, as taxas de remarcação podiam custar alguns milhares de dólares.
— As empresas estão tomando essa decisão para aumentar a confiança do consumidor. Elas sabem que os consumidores ainda estão receosos em agendar voos por conta das questões de higiene e saúde — diz Henry Harteveldt, presidente da Atmosphere Research, empresa especializada em pesquisas no mercado de viagens.
As condições de cada empresa
Delta Airlines
A Delta decidiu não cobrar mais nenhuma taxa de alteração de voos tanto para os voos domésticos quanto para os que vão para Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas.
Essa isenção vale para todos os passageiros, menos os que têm passagens da Classe Econômica Básica.
Porém, as boas notícias não param. Há planos para que esse benefício seja levado até mesmo para os passageiros da Classe Econômica Básica ainda este ano.
United Airlines
Uma das empresas com as mais altas taxas de remarcação de voos, a United também deixa de fazer a cobrança aos seus passageiros, com a exclusão daqueles da Classe Econômica Básica.
Assim como na Delta, o benefício vale para os voos domésticos e para os que vão para Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas.
A grande notícia é que a United vai estender essa política para as passagens internacionais compradas até 31 de dezembro.
Alaska Airlines
A Alaska foi mais longe. Todos os seus voos estão livres da cobrança da taxa de remarcação (sempre com a exceção da Classe Econômica Básica. Porém, todos os bilhetes comprados até 31 de dezembro (para qualquer classe) ganham o benefício.
American Airlines
A American eliminou a taxa para os voos domésticos, os que vão para o México, Canadá, Porto Rico e Ilhas Virgens Americanas.
Como sempre, quem viaja na Classe Econômica Básica só tem a isenção para as passagens compradas até 31 de dezembro deste ano.
Outro benefício é a não cobrança para adiantar voos para o mesmo dia e destino.
E o Brasil, vai acabar com a taxa?
Essa é a pergunta de US$ 1 milhão.
O setor aéreo brasileiro é sempre cheio de lamentações (algumas com razão) e o silêncio das cias. é uma pista de que, provavelmente, uma atitude como essa não deve estar na mira de seus executivos.
Como consumidores e pessoas preocupadas com a disseminação do novo coronavírus, é nossa obrigação pressionar para que a cobrança dessa taxa (que é absurda pelos valores cobrados) realmente acabe.
Mas, enquanto não podemos mesmo viajar para muito longe, vamos aguardar.
Fotos: Deposiphotos
One Reply to “Empresas acabam com a taxa de alteração de passagens (nos EUA)”