Incertezas sobre como restaurantes e lanchonetes irão funcionar de maneira segura ainda deixam muita gente preocupada no retorno à “vida normal” pós-pandemia
Em todo o mundo estão sendo pensadas regras para como será a “vida normal” na era pós-pandemia. Um dos setores mais preocupados com essa nova realidade é o de bares e restaurantes.
Se cada país e cada estabelecimento vem procurando soluções que garantam a segurança de clientes e funcionários — já que o coronavírus vai continuar sendo uma ameaça por algum tempo — as incertezas ainda são muitas.
Veja imagens de algumas soluções praticadas por restaurantes ao redor do mundo neste post.
Número menor de clientes nos restaurantes
Uma coisa é certa, o número de clientes precisará ser reduzido e, provavelmente, isso irá afetar os custos e preços em todos os estabelecimentos do Globo.
No exterior, principalmente nos Estados Unidos, há uma grande preocupação com a sobrevivência de pequenas lanchonetes e drive-ins.
No Brasil, onde até mesmo as regras de combate a pandemia são bastante confusas, fica a preocupação com os restaurantes self-service, os barzinhos e até mesmo churrascarias e outros estabelecimentos que usam algum serviço/estação de buffet.
Até mesmo reunir amigos para um chopinho ou comemoração de aniversário será mais complicado. Um espirro pode causar pânico por muito tempo ainda.
Fazer reservas deve começar a ser algo praticamente obrigatório para impedir que a lotação ultrapasse o limite do razoável. No exterior essa é uma prática bastante comum, mas no Brasil fazer reservas ainda é algo muito pouco utilizado.
Portanto, devemos nos preparar para, mesmo com a reabertura dos estabelecimentos, uma frequência menor nas nossas saídas e reuniões sociais.
Entregas continuarão em alta
Muito provavelmente, as entregas de refeições e compras continuarão sendo uma opção muito utilizada por todos e, imagino, os encontros dentro das residências deverão se tornar mais frequentes do que já eram antes da COVID-19.
Oferecer um serviço de entregas de qualidade pode ser um solução para a sobrevivência de vários estabelecimentos, especialmente os de menor porte.
Vai haver um baque, claro, até mesmo nas grandes redes de fast food, focos clássicos de aglomeração, mas o fôlego dessas corporações parece ser muito maior do que o da maioria.
Além disso, elas tiveram muito mais condições de aprimorar os seus serviços de entrega.
Cada país é uma ilha?
Esta semana vários países começaram a divulgar os seus planos para a reabertura da economia, mas cada um com suas próprias especificidades. Nações como França Holanda, Alemanha e Portugal estão em estágios diferentes em relação ao contágio pelo vírus e ainda não está claro se tomarão alguma medida em comum acordo.
Porém, se em países onde os dirigentes estão mais em acordo com as regras necessárias para combater a crise de saúde e onde o poder é mais centralizado, não há certeza de quais regras serão adotadas, fica muito difícil imaginar o que pode acontecer em países onde o poder fica mais dividido entre governadores e prefeitos e onde os presidentes parecem viver em uma realidade paralela.
Infelizmente, Brasil e Estados Unidos estão nestas categorias, o que nos deixa ainda mais no escuro sobre as regras para o “novo normal”.
No fim das contas, sejam lá quais regras forem definidas, o mais importante será a maneira pela qual cada um de nós irá conduzir as suas próprias atitudes. Não importa o que algum governante diga, peça ou “mande”, nós somos os responsáveis pela nossa saúde.
Vamos ver o que o futuro nos espera.