Adeus, Ginger Baker: um dos maiores bateristas do mundo

Ginger Baker marcou uma era como baterista do Cream, considerado o primeiro supergrupo da história do rock, ao lado de Eric Clapton e Jack Bruce

Baker

Ginger Baker, um dos maiores bateristas do rock de toda a história morreu neste domingo (6), aos 80 anos. De temperamento difícil, Baker era parte da tríade dos maiores bateristas que já passaram pelo rock e que já nos deixaram — ao lado de John Bonham e Keith Moon.

Hall da fama

Com o Cream (entre 1966 e 1968), formado com Eric Clapton e Jack Bruce (morto em 2014), Baker criou algumas das canções mais conhecidas da história — Sunshine of Your Love, White Room e Badge, para citar algumas — e entrou para o Hall da Fama do Rock.

O baterista também fez parte do Blind Faith, outro supergrupo (de vida curta) onde dividia os holofotes com Eric Clapton (again) e Steve Winwood, além de Rick Grech.

Depois disso, criou o Ginger Baker’s Air Force, com o qual gravou dois álbuns.

Vida eclética

Peter Edward “Ginger” Baker nasceu em 19 de agosto de 1939, em Lewisham, ao Sul de Londres. Ginger chegou a competir como ciclista de velocidade quando era adolescente e tocou trompete antes de se tornar baterista.

No início dos anos 70, se mudou para a Nigéria e construiu um estúdio onde alguns grandes nomes, como Paul McCartney, chegaram a gravar. Também formou um grupo de rock/jazz, o Baker-Gurvitz Army, que ficou na ativa até 1977.

Na década de 80 foi para a Itália e se transformou em produtor de azeitonas, sem deixar de produzir música e álbuns — Horses and Trees (1986), Middle Passage (1990), Going Back Home (1994) e Coward of the County (1999).

Novamente o Cream

Baker

Mas, apesar do relacionamento complicado com Jack Bruce, com quem tocou antes do Cream (no Graham Bond Organization) e depois do Cream em vários momentos, Baker topou uma reunião com os antigos companheiros.

Em 2005, Clapton, Bruce e Baker, voltaram aos palcos para shows em Londres e Nova York. Os shows renderam um CD duplo e versões em DVD e blu-ray. Os shows foram um sucesso e os registros venderam milhões de cópias.

Entretanto, ficou claro (mais uma vez) que seria quase impossível uma convivência longa com os outros dois membros da banda.

Últimos anos

Nos últimos anos Baker esteve bastante ativo. Lançou uma autobiografia — Hellraiser — e foi alvo de um documentário bastante interessante — Beware of Mr. Baker.

Desde 2006 Baker vinha sofrendo com problemas de saúde e,nas últimas semanas, estava internado em estado grave.

A morte foi anunciada pela família e deixa uma lacuna no rock. Ginger Baker era, além de um músico excelente, uma figura que cada vez mais faz falta ao rock. Um verdadeiro encrenqueiro de ego inflado.

Baker será lembrado pela sua técnica, pela energia de suas performances e pelo temperamento pra lá de selvagem.

Rest in Peace.

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