Na semana passada a polícia descobriu uma fábrica clandestina do produto. Entretanto, os azeites falsos ainda podem ser encontrados nos supermercados (pelo menos no Rio e em Niterói)
O azeite é um produto básico na maioria das cozinhas, inclusive a brasileira e, na semana passada, a polícia descobriu e desmontou uma fábrica clandestina em São Paulo. Lá eram fabricadas as marcas Évora, Olivais do Porto, Quinta D’ouro e Quinta Lusitana. O problema é que essas marcas NÃO EXISTEM!
Rótulos perfeitos para azeites perigosos
Os criminosos criavam rótulos perfeitos, com selos de qualidade, importação e até números de SAC (0800).
No processo de produção, eram usados óleo vegetal, aromatizantes e óleo lampante – produto altamente prejudicial à saúde. Ao todo foram apreendidos 40 mil litros de óleo vegetal e 15 mil de azeite falsificado já pronto para a distribuição.
Os supostos azeites portugueses eram/são, na verdade, uma perigosa mistura de óleos (lampantes e vegetais), além de aromatizantes, todos nocivos à saúde e nada bons para nenhuma receita.
Ainda nos mercados
A polícia apreendeu 40 mil litros de óleo vegetal e 15 mil litros de azeite falsificado pronto para venda. Ela também informou que iria avisar à vigilância sanitária para que os produtos fossem retirados das prateleiras. Entretanto, parece que essa comunicação não foi feita com a rapidez necessária.
Hoje (segunda-feira, 17 de junho) fui trocar um desses azeites comprados em um supermercado de uma grande rede, em Niterói) e o produto ainda estava lá, exposto e em promoção (R$ 9,98). Uma pechincha.
Pior, ao expor a fraude ao gerente, ele simplesmente trocou o produto, mas não retirou os azeites da prateleira.
Como o azeite faz parte da nossa cultura gastronômica — até por conta da nossa origem portuguesa — é preciso atenção na hora da compra. Já existem os óleos compostos, que praticamente não servem para nada, e agora temos os azeites inventados.
Portanto, cuidado com as marcas Évora, Olivais do Porto, Quinta D’ouro e Quinta Lusitana. Elas não existem!
Caso encontre algum deles nas prateleiras de algum supermercado, denuncie!
Notei que em uma pesquisa rapida no Mercado livre é possivel encontrar a venda um “modelo” de azeite desses falsificado (Oliveiras do Conde)… E mesmo avisando o vendedor, o mesmo não retirou o produto da pagina! Dois revendedores são do Rio de Janeiro e o outro do Paraná.
O mesmo aconteceu no supermercado onde comprei. Só recolheram hoje.