Publicidade na internet não representa maioria dos usuários brasileiros

Pesquisa mostra que comunicação é voltada para os jovens das classes A e B, mas que a maioria dos consumidores não está nesses grupos

Ganhar dinheiro na internet é o desafio de todas as empresas, principalmente as mais tradicionais, que vieram de uma época “pré-online”. Os problemas dos departamentos comerciais para identificar o seu público atual e atrair publicidade é visível em aproximadamente 93,44% dos casos.

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Pelo jeito, o problema é o mesmo nas agências de publicidade. Segundo a pesquisa “Os verdadeiros internautas brasileiros”, a maioria dos usuários de internet no Brasil tem um perfil bastante distante do estereótipo para o qual a maioria das propagandas é direcionado.



Pelos dados do estudo, apenas 9% dos internautas falam inglês e, mais importante ainda, somente 2% são fluentes na língua do Tio Sam. A pesquisa tomou como base informações de fontes confiáveis como IBGE e Google, por exemplo.

Publicidade desconectada

De acordo com o que vemos, as agências (e os anunciantes) focam seus esforços em um público bastante diferente da maioria dos consumidores/internautas. A maioria das propagandas é voltada para um público urbano, que usa muitos aplicativos e tem smartphones poderosos e de última geração.

O problema é que a grande maioria tem celulares baratos e economiza o máximo dos planos de dados. Tudo isso porque a renda média desses internautas não passa dos R$ 1,5 mil.

OUtro ponto importante: os internautas com 60 anos ou mais cresceram em 400% entre 2010 e 2018 e os que tem entre 45 e 59 anos aumentaram 186%. Ah, as classes D e E também obtiveram um acesso a rede quase 300% maior (entre 2010 e 2019).

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O que pensar?

A conclusão é de que há muito espaço para aumentar o consumo (seja lá de qual produto for), desde que sejam feitos ajustes na comunicação. Isso serve para todos os setores que aposta suas fichas na publicidade online.

Resumindo: falta uma análise mais profunda dos dados apresentados. Pouco tempo atrás estive em uma apresentação onde se mostrava que o público de um determinado site era composto (aproximadamente) por 85% de acessos em dispositivos móveis e 15% de desktops.

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O que a pessoa responsável pela apresentação dos dados não tinha visto é que esses 15% eram os que ficavam mais tempo no site, visitavam mais páginas, acessavam mais vídeos e, por conseguinte, eram os que mais estavam propensos a clicar em banners ou ver alguma publicidade ou promoção.

Enquanto a apresentação direcionava todas as ações para os usuários de dispositivo móveis, os dados mostravam que eram os acessos por desktop os mais promissores em termos de compras. Esse parece um caso típico de como a análise dos números podem resultar em conclusões bastante diferentes.

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