Posso soar repetitivo, mas sempre achei que os tablets só seriam úteis para trabalho (ok, depois descobri que é uma ferramenta importantíssima para os pais de filhos endiabrados) e a queda nas vendas me parece totalmente normal, já que não há apelo para a troca tão frequente como acontece com os smartphones.
Seria eu um “Guru Digital”?
O embarque e despacho de tablets declinou 12,6% do ano passado até novembro, revela o mais recente estudo do IDC chamado Worldwide Quarterly Tablet Tracker. Sob todos os aspectos, seja de venda quanto de expansão de mercados, os indicadores de consumo de tablets vêm demonstrando queda.
Segundo analistas, isso se dá por alguns motivos.
Um deles é a saturação dos grandes mercados. O mesmo IDC estimava ao final do 2014 que a base instalada de tablets no mundo era de aproximados 581,9 milhões, mas de lá para cá essa base não registrou expressivo crescimento, sendo que mercados mais desenvolvidos como EUA, Europa Ocidental e a região da Ásia e Pacífico, tendo atingido 100 milhões de aparelhos em cada um deles, aparenta ter atingido o limite de seu potencial total de ocupação.
A outra razão é que a renovação dessa base instalada é mais lenta do que a de celulares, por exemplo, já que, na média, os usuários de tablets só trocam seu aparelho em média de quatro em quatro anos.
Mas um dos fatores que de fato parece estar influenciando fortemente esse desempenho vem dos mais recentes modelos de smartphones, com telas maiores, que oferecem uma experiência de visualização e usabilidade eventualmente considerada mais confortável e completa, já que além de se aproximarem fortemente da visualização das telas maiores dos tablets, celulares fazem ligações telefônicas e tablets não.
Novos lançamentos de todas as grandes marcas para final deste ano podem alterar este quadro, mas não substancialmente. Na verdade, esses mesmos fabricantes estão colocando, em seu conjunto, um número menor de novidades no mercado ano após ano. Exatamente ao contrário dos fabricantes de celulares (os mesmos, em boa parte das vezes), que seguem num ritmo acelerado de competição via novos modelos.
O boom dos tablets diminuiu fortemente seu ritmo, enfrentando os menores índices de desempenho em vendas desde que eles foram criados primeiro pela Microsoft em 1999 e, depois, acabaram popularizados pelo iPad, da Apple, em 2010, há apenas 5 anos, portanto.
Fonte: ProXXIma