Desde cedo o blues se tornou uma paixão. Ainda na faculdade me atrevia a fazer críticas de discos do gênero, ainda sem uma compreensão completa do que esse estilo significava.
A primeira vez que assisti a um show de B.B. King foi em 1992, no falecido Free Jazz Festival, no Hotel Nacional, também falecido. Antes disso já tinha visto outro Rei (Albert King) e o nosso grande Celso Blues Boy. Depois disso, teve B.B. na Marina da Glória, no Metropolitam e no Vivo Rio. Não vou perder tempo explicando questões técnicas do músico, que sempre colocou algo importantíssimo em cada nota tocada: emoção. Nada de velocidade e malabarismos em seus solos, apenas emoção!
Emoção era o que sentia toda vez que ele subia ao palco. Sozinho ou acompanhado de bons amigos bluseiros, não havia como uma noite de show de B. B. King não ser uma noite especial. Sua música era feita pala alegrar, assim como suas apresentações, historias e caretas. O velhinho era gente boa e sentia um prazer genuíno em entreter uma plateia.
Com a sua morte tenho certeza de que o ídolo e a música se eternizarão, assim como espero que os clubes que levam o seu nome (principalmente o de NY) se mantenham vivos e em atividade como verdadeiros templos do blues.
Segue a crítica do show do músico no Vivo Rio em 2010, um ano nem tão distante, mas que já deixa muitas boas lembranças.
Lucille pode ter ficado viúva, mas sua imagem jamais será esquecida.
Viva o Rei!
Fotos: Ag. News
Quando foi o show do Bb King no Canecão?
Na verdade, foi na Marina da Glória. Fui olhar nas minhas anotações e não foi no Canecão. Minha memória me traiu (peço desculpas e agradeço a pergunta). Já consertei no texto.