Novo site reúne reclamações de consumidores insatisfeitos

Os brasileiros têm, por princípio, uma descrença e desconfiança por tudo que é criado para protegê-lo. É assim com as ouvidorias e SACs – até porque o índice de efetividade e transparência desses mecanismos é mais dio que questionável. Agora, o Governo Federal lança um site para que o consumidor faça reclamações sobre produtos ou serviços de má qualidade.

O que podemos fazer é ficar de olho e torcer para que o consumidor.gov funcione.

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A partir de agora, os consumidores têm mais uma maneira de reclamar de um serviço ruim ou de um produto com problemas. O Governo Federal acaba de lançar o site consumidor.gov, onde o consumidor reclama e a empresa tem até dez dias para dar uma resposta.

Os depoimentos dos consumidores ficam registrados na rede para todo mundo ver. Em um deles, por exemplo, uma consumidora de Mato Grosso reclama que a máquina de lavar roupas parou de funcionar. Ela pede a solução do problema ou o dinheiro de volta. A empresa respondeu um dia depois e, segundo a consumidora, ela vai ganhar uma máquina nova.

O site é um meio de resolução de problemas  fácil e simples. O consumidor se cadastra, reclama e aguarda a resposta da empresa, sem precisar procurar o Procon. Para isso, a empresa também precisa estar cadastrada. Mais de 54 mil consumidores já estão inscritos.

O maior número de reclamações é dos serviços de telecomunicações, com 46% dos registros. Em segundo lugar estão os bancos, com 20%. Depois, defeitos com equipamentos de telefonia e informática (16%), os eletrodomésticos (9%) e as outras reclamações em geral (9%).

Além de reclamar, o consumidor ainda faz uma avaliação. No caso do setor de telecomunicações, o índice de solução dos problemas, por exemplo, foi de 81%. O tempo médio para uma solução foi de sete dias. A nota dada pelos consumidores ao site foi 3,5, em uma escala que vai de um a cinco.

O objetivo do serviço é diminuir o número de casos que vão parar na Justiça. Para se ter uma ideia, 70% dos processos que estão hoje nos juizados especiais são de problemas do consumidor. Cada um deles custa, em média, R$ 1.700 para o Governo.

De acordo com a Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, o programa deu mais poder aos consumidores: “Os meios de comunicação, a internet e a disponibilidade encoraja muito mais o cidadão e o consumidor de se manifestar. Então eu tenho dito para o mercado, que se preparem, porque a era do grito do consumidor chegou, seja o grito do consumidor nos Procons, no juizado, nas plataformas, nas redes sociais. Ele não vai mais arcar com problema e nem com prejuízo”.

Fonte: Jornal Hoje

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