A primeira catarse musical do templo do futebol
O Foo Fighters é daquelas bandas adoradas por muitos, mas que geralmente não reúne um público grande o suficiente para lotar um estádio. Bem, isso lá nos Estados Unidos e na Europa, porque na América Latina o grupo vive um sonho embalado por multidões que cantam do primeiro ao último minuto de suas apresentações.
Depois de terem passado por Chile e Argentina, Porto Alegre e São Paulo, Dave Grohl & Cia desembarcaram no (novo) Maracanã para, segundo palavras do próprio, o maior show de suas carreiras.
Não foi a primeira passagem pela Cidade Maravilhosa, mas, provavelmente, será daquelas que ninguém que esteve no estádio vai esquecer. Até o calor senegalês que insiste em atingir a cidade deu uma trégua, ajudando na animação do público que (quase) lotou o Maraca (45 mil pessoas).
Foram 2h30 de porrada, com breves intervalos mais melódicos. Rock com muitas guitarras, atitudes, Mother Fuckers e animação. A apresentação do Foo Fighters lembra um pouco as do O Rappa – muita música, força e nada de bis – o que deixa a plateia ligada em 220v o tempo todo.
O repertório não mudou muito em relação ao apresentado nos concertos anteriores dessa turnê sul-americana (com e sem hífen), mas a energia foi maior, sem dúvida.
Ficou longe dos 184 mil colocados por Sir Paul McCartney no (velho) Maracanã, em 1990, mas Dave – camarada de Macca – vai poder contar a ele que também fez seu show inesquecível no Rio de Janeiro.
Goste deles ou não, não dá para ignorá-los.
O repertório:
Something From Nothing
The Pretender
Learn to Fly
Breakout
Arlandria
Generator
My Hero
Congregation
Walk
Cold Day in the Sun
In the Clear
I’ll Stick Around
Monkey Wrench
Skin and Bones
Wheels
Times Like These
Detroit Rock City
Miss You
Tie Your Mother Down
Under Pressure
All My Life
These Days
Rope
Outside
Best of You
Everlong