Há coisas que não se aprendem na faculdade ou em algum curso cheio de expressões em inglês e verdades definitivas saídas da mente de “especialistas”. Há ações que são aparentemente simples, mas que muitas empresas (várias delas com “consultorias especializadas”) não conseguem enxergar ou implementar.
É tão difícil entender que mesmo em tempos de redes sociais o boca-a-boca (ou ser humano) ainda é o veículo mais importante de marketing? Engraçado como a maioria dessas empresas sempre caí no conto do vigário do profissional bonitinho, bem articulado e 171.
Procure oferecer boas e rápidas respostas e apostar sempre nas pessoas. Parece tão fácil….
Algumas das maiores marcas do mundo estão investindo muito dinheiro para converter likes pagos e seguidores em ROI. Adivinhe: elas têm feito isso da forma errada.
Mergulharam no fundo do poço da social media como marcas, não como pessoas por trás das marcas. Desembolsaram enormes fatias de budget em vários canais de mídia social.
A ironia é que a solução para o desafio de conseguir pessoas – humanos de carne e osso – para compartilhar conteúdo atrelado à marca é algo que está bem próximo dessas marcas. Porque estatíticas apontam que os melhores embaixadores da marca são seus próprios funcionários que já compartilham conteúdo em seus próprios canais de sociais:
– 84% das pessoas confiam em recomendações de pessoas que conhece, comparado com 42% que confiam em anúncios de banner (Nielsen, 2013).
– 846 é o número médio de conexões de um usuário nas redes sociais (Pew Research, 2013 e DMR, 2014)
– 50% dos funcionários postam mensagens, fotos e vídeos sobre a empresa nas redes sociais (KRC Research, 2013).
– 39% dos funcionários já publicaram comentários positivos sobre a empresa no ambiente online (KRC Research, 2013).
Todo mundo já ouviu o ditado “marcas não são pessoas”. É verdade. Canais corporativos na mídia social têm se tornado cemitérios de content marketing enlatado, discursos regurgitados que refletem de maneira rasa e pobre os interesses e personalidades das pessoas – funcionários e consumidores – por trás de tudo isso.
E, ainda assim, as marcas continuam a imaginar por que ninguém se engaja com o conteúdo. Em grande parte, é porque muitas marcas tratam a social media como um mediador entre marca e pessoas.
Porém, o poder da social media é baseado na comunicação pessoas para pessoas.
Uma abordagem melhor
O melhor marketing é o boca-a-boca. O mesmo dizer se aplica à social media. Funcionários são os melhores embaixadores das marcas. E já compartilham conteúdo. Imagine ser capaz de emergir desse mar de conteúdo e humanizar sua marca, aproximar consumidores. Pessoas confiam em pessoas, não confiam em marcas.
Ao lado da confiança está a realidade de que a atuação eficaz de um funcionário que dizer que a empresa precisa abrir mão do controle. Tudo bem soltar um pouco as amarras se você usa as melhores ferramentas para escolher o melhor conteúdo de seus funcionários.
O benefício nativo do social está em sua democratização da informação e volocidade em distribuí-la. O benefício para empresas é que sua mensagem é recebida de forma mais ampla e significativa. Todas as ferramentas de promoção da marca devem permitir conteúdo moderado e ofensivo, mas somente as empresas que encorajam o fluxo livre de informações se beneficiarão verdadeiramente de seus embaixadores.
Então veja quais são os fatores que uma marca deve ter em mente ao aderir a uma estratégia que envolva cada funcionário da empresa:
1) Social media não traballha para geração de leads
Consumidores estão fugindo de seus feeds poluídos. Anúncios pagos estão sendo ignorados e o tráfego é fraudulento. Destinar 10% de seu investimento em marketing online para tráfego pago não vai dar bons resultados.
Em resumo, não espere que táticas tradicionais para atingir leads funcionem no marketing de social media. Em vez disso, abrace o real poder do social: sua autenticidade e amplitude.
2) Comunidades online entregam valor real
Consumidores e funcionários apoiam sua marca sem que você precise pedir isso a elas. Eles oferem insights e críticas ao produto.
Tenha certeza de investir no crescimento dessa comunidade. Ninguém deve ser ignorado quando participam. Se alguém posta e não obtém engajamento dos outros participantes, você precisa intervir,.
3) Social media é uma ótima forma para consumidores engajarem diretamente com a marca
Consumidores já esperam e na maioria dos casos já recebem respostas rápidas quando se comunicam com a marca nas redes sociais. Boas notícias chegam rápido, notícias ruins mais ainda.
Compartilhar conteúdo que reflita sua comunidade – não só sua marca – é uma forma eficaz de humanizar uma entidade que não é humana, como a marca de uma companhia.
4) Funcionários embaixadores são uma oportunidade
Engajar seus funcionários pode resultar no aumento de vendas, retenção, entre outros benefícios. Empresas precisam reconhecer que seus funcionários já falam sobre a empresa nas redes sociais. O que podem fazer em relação a isso é transformá-los em embaixadores da marca em vez de tentar restringir essas interações com políticas ineficazes.
Na social media é impossível controlar tudo ao mesmo tempo. Na verdade, não há motivo para tentar fazer isso.
Não exagere. Faça com que eles falem com certa frequência. Algo que possa parecer “ruim” logo é enterrado com novas histórias – não agir é a atitude mais correta em vários casos.
5) Você precisa ser estratégico na social media
Marketing, PR e vendas precisam trabalhar juntos e entregar mensagens consistentes e experiência positiva. A social media ainda é o patinho feio em muitas empresas com baixa visibilidade e budget mínimo apesar do impacto em diversas áreas do negócio. A oportunidade está lá para que líderes tomem a iniciativa e impulsionem os embaixadores que já fazem parte de sua estratégia.
Os melhores programas de social media focam em pessoas tanto quanto em produtos. Lembre-se disso e será recompensado.
Fonte: ProXXIma