Quem viaja de avião e sofre nas apertadas poltronas das classes econômicas do mundo, sabe que uma das coisas que podem amenizar o desconforto das viagens longas, da comida ruim, do atendimento deficiente, dos passageiros barulhentos e da falta de opções de entretenimento é ficar olhando a paisagem, mesmo que sejam apenas nuvens ou a escuridão da noite. Bem, já querem acabar até com isso. Querem melhorar as aeronaves diminuindo seu peso e aumentando a aerodinâmica. O problema é acabar com a vista, já que no lugar das paisagens teríamos vídeos e imagens escolhidas pelas empresas aéreas.
Será que custaria muito umas câmeras transmitido o que acontece do lado de fora do avião?
Em dez anos os aviões comerciais podem perder as janelas e, no lugar, entraria em cena uma série de telas que transformariam toda a sua extensão em uma enorme vitrine para exibir o que se passa do lado de fora.
A ideia foi apresentada pela companhia britânica Centre for Process Innovation (CPI) e tem como objetivo não só dar certa inteligência às paredes ao cobri-las com telas sensíveis ao toque, mas também reduzir o peso dos aviões, tornando-os mais sustentáveis.
Isso porque as janelas exigem uma engenharia complexa para garantir que elas aguentem a pressão do voo e, ao tirá-las do desenho, é possível deixar o avião mais fino. Com menos peso, usa-se menos combustível.
Em entrevista ao The Mirror, o dr. Jon Helliwel, representante da COI, explicou que a cada 1% de redução de peso, o avião economiza 0,75% de combustível.
Ao invés das janelas, então, seriam instaladas telas de OLED. Essa tecnologia já está pronta para assumir a forma arredondada do interior dos aviões, mas é preciso vários ajustes para que a ideia saia do papel. Por isso, espera-se que os aviões sem janelas estejam no ar só daqui a dez anos.
Fonte: Olhar digital