A declaração do governador do Rio de Janeiro de que “organizações internacionais” estavam (ou estão) incentivando a baderna e o quebra-quebra no Rio de Janeiro me lembrou em muito a decisão do então pré-candidato a presidência da República Anthony Garotinho, em fazer uma greve de fome por estar sendo perseguido politicamente. Patético!
O mais incrível dessa declaração é que, ao contrário do ex-governador, que não ouvia ninguém, nem mesmo as pessoas que ele contratava para fazer assessoramento político, o atual governante do é uma pessoa bem mais “aberta” e que tem uma equipe de assessores no qual (eca) ele confia. Pior, falou essa besteira depois de ter feito (em minha opinião) uma jogada arriscada, porém inteligentíssima, ao deixar a polícia prostrada observando os bandidos quebrarem o Leblon, mudando o foco de todas as críticas contra a “truculência” da polícia, para a necessidade de ter alguma atitude firme, que não permita que bandidos tomem conta da cidade.
O momento é delicado para o político que comanda o Palácio Guanabara (para os que confundem, esse é o que fica ao lado da sede do Fluminense!) e, com uma sucessão vindo por ai, a posição de seu candidato (o vice-governador Pezão) também se complica.
Esse, com certeza, é um jogo de xadrez no qual frases como “o governador segue adiante/avante, exercendo sua função de governar”, não cabem.