Eric Clapton lança o 21º disco da carreira solo com muitos convidados
Old Sock (Universal), 21º disco solo da carreira de Eric Clapton e o primeiro lançado pelo seu próprio selo (Bushbranch), que chega hoje às lojas nos Estados Unidos e até o fim do mês no Brasil, é um trabalho que segue a mesma linha de seu último trabalho de estúdio – Eric Clapton (2010) -, onde mistura canções que fizeram parte da sua educação musical, com algumas composições próprias. Dessa vez, Clapton ainda aproveitou para reunir alguns amigos (Steve Winwood, J J Cale, Chaka Khan e Paul McCartney) e soltar alguns generosos solos, com um resultado bastante superior ao conseguido no CD anterior.
Alguns podem dizer que o forte de Clapton é o palco e não o estúdio – apesar de alguns dos clássicos do rock terem a assinatura da sua guitarra (Disraeli Gears – Cream; Layla and Other Assorted Love Songs – Derek and the Dominos; All Things Must Pass – George Harrison) -, mas, apesar de não poder ser considerado uma obra prima, Old Sock é um retrato da fase atual do Deus da Guitarra, que completa 50 anos de carreira em 2013: um músico que não está preocupado com o sucesso em FMs ou com grandes mudanças em sua trajetória artística. Impulsionado pelo apelo pop do single Gotta to Get Over, Clapton navega pelos mares conhecidos do reggae, em vários níveis (Further On Down The Road, Till Your Well Runs Dry, Your One and Only Man e Every Little Thing), de canções tradicionais (Goodnight Irene) e clássicos da música norte-americana (All of Me), além de uma homenagem a outro guitarrista de blues, Gary Moore, com uma bela versão de Still Got the Blues.
Old Sock é um ótimo trabalho para quem vai sair para a estrada em uma longa turnê mundial (ainda sem datas na América do Sul), cheio de climas, wah-wahs, bons vocais e belas participações. Para os fãs mais completistas, o aviso: lá fora ainda foi editada uma versão Deluxe, com uma canção extra, libretos e um pen drive com todas as faixas, para levar e ouvir onde quiser.