Cantora inglesa mais uma vez encantou a plateia carioca com sorrisos, seu jeito meigo, danças sensuais e um repertório que não deixou ninguém parado
Joss Stone é a prova de que alguém ter alma negra passa longe de ser uma expressão preconceituosa ou pejorativa. A loira voltou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feirae reafirmou que não é preciso ter a pele escura ou ser norte-americana para ter aquele timbre de voz que arrepia e emociona a cada nota.
Aliás, deveria ser proibido ser bonita como ela é, cantar como ela canta e ainda ser simpática. É uma covardia, mesmo levando-se em conta de que ela perdeu quilos demais, deixando a sua silhueta um pouco menos atrativa, mas ainda muito acima da média.
Apesar da chuva, que insistiu em cair durante todo o dia, a inglesa encheu o Citibankhall de fãs que sabiam todas as canções do início ao fim. Com um repertório onde valorizava canções de seu último trabalho – The Soul Sessions 2 – Joss ainda foi generosa e atendeu vários pedidos do público.
Aliás (2), o Citibankhall precisa dar um jeito no sistema de ar condicionado da casa. Sempre que a lotação é grande o calor acompanha o número de presentes, mesmo em dias mais frescos, como ontem. Outro ponto a ser conferido é o som. Quem estava do lado direito do palco sofreu em vários momentos com problemas na qualidade do áudio.
Desde os primeiros acordes de Give More Power to the People, ficou claro que Joss é garantia de boa música e que o Rio e ela têm uma ótima conexão. Relegada ao palco Sunset no último Rock in Rio – ela tem calibre para o palco principal – a intérprete de pérolas poderosas como Super Duper Love e Right To Be Wrong, se divertiu, conversou, ficou encabulada e teve até o seu momento Roberto Carlos, quando, ao fim do espetáculo, distribui rosas brancas para a audiência.
Quem não pôde ir, aguarde uma nova visita da cantora, que, com certeza, não vai nunca deixar o Rio fora da sua rota.
Joss foi só o início de uma série de bons concertos que vão animar o feriadão dos cariocas. Domingo é a vez do Kiss e dia 22 teremos a apresentação do Creed.
Bom feriado.
Parte deste texto foi publicado no jornal O Fluminense
Fotos: Fernando de Oliveira e Jo Nunes