A mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo é um absurdo (ponto). Entretanto, serve também para comprovar a falta de caráter da classe política nacional, a ganância dos partidos e, principalmente, a incompetência e imobilidade do governo e da bancada do Rio de Janeiro.
Não é de hoje que várias propostas (cada uma pior que a outra) vêm sendo discutidas no Congresso. Nosso governador parece ter preferido confiar nas promessas do ex-presidente Lula e da atual mandatária do país em um possível veto do projeto que seria (e foi) aprovado. O problema é que esse possível veto pode ser derrubado, causando graves prejuízos aos cofres do estado, municípios e aos bolsos de muita gente.
A pergunta que fica é: onde está a nossa bancada? Onde se enfiaram nossos deputados federais (inclusive de Campos, grande beneficiada com royalties)? Cadê nossos senadores? Onde foi parar a força política daquele que deveria ser o segundo estado mais importante do país? Onde se escondeu o sentido de justiça dos nossos irmãos de outros estados?
Ficar comemorando na saída de restaurantes parisienses com lenços na cabeça em companhias questionáveis não deve ser aceito, mas largar os destinos das contas de estados e municípios nas promessas de outros políticos (mesmo que presidentes) é para se pedir a saída (e rápida). Não adianta chorar em público ou fazer cara de traído. Era (e é) preciso AGIR!
A nota oficial emitida pelo governo do rio (em caixa baixa mesmo) é digna das várias justificativas emitidas durante os vários problemas enfrentados: ridícula! Agora, é torcer para que alguém (STF, STJ?) corrija esse absurdo.
Deixo claro que votei no atual comandante do Palácio Guanabara em suas duas eleições e que faria o mesmo caso os adversários se repetissem, o que não impede de detectar erros, desvios de caráter e desculpas esfarrapadas.
Primeiro de tudo, não esquecer que o bem do Brasil está acima de todos os estados. Segundo, o maior vencedor foi o Brasil; o contrário, seria apenas o estado do Rio de Janeiro o grande beneficiado.
Caro Leonardo,
Se os demais estados assinarem um termo de compromisso concordando em gastar seus royalties toda vez que houver um dano ao meio ambiente dos estados produtores, podemos conversar sobre ‘o bem do Brasil’.
Os vazamentos que já ocorreram, houve, além de pesadas multas (chevron 35 milhões), foram limpos pelas próprias empresas responsáveis pela exploração, como a Chevron, na bacia de campos, Ninguém gastou royalties nenhum, inclusive o estado do Rio de Janeiro, já que o dinheiro foi gasto para cobrir o rombo orçamentário dos cofres públicos de prefeituras e estado, graças a corrupção e má administração pública. Bom, mas a Dilma já salvou os sugadores de dinheiro, vetou a redistribuição de um patrimônio natural da federação.