Algum tempo atrás divulguei uma pesquisa que dizia que Comédias românticas influenciam os relacionamentos e poderiam ser perigosas.
Bem, está sendo exibido – em alguns canais de TV a cabo – o longa Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau, no original), filme que estreou, sem muito impacto, em meados de 2011, e que conta com Matt Damon, Emily Blunt e bom elenco, em uma mistura de romance, suspense, ação e ficção.
A história, baseada em um romance de Phillip K. Dick – o mesmo de Blade Runner – fala e levanta discussões sobre destino, livre arbítrio e perseverança.
Nela, Damon interpreta um político que encontra uma bela dançarina (Emily Blunt), se apaixona e é levado a deixá-la apesar do destino insistir em uni-los. Os responsáveis por essa separação são os tais Agentes do Destino citados no título. Seres que se vestem com capas e chapéus e têm por obrigação fazer com que os planos escritos pelo presidente sigam sem desvios, mesmo que isso os leve a lutar contra as forças do imponderável.
O filme não fez sucesso, mas seus questionamentos, principalmente a luta do casal em se manter unido pela paixão, vai na contra mão do atual mainstream que faz com que se dê mais valor ao indivíduo em detrimento do amor.
Não sei quem iniciou esta nefasta e idiota série de pensamentos que acabou desaguando na atual mentalidade – que contaminou até pessoas pseudo intelectualizadas -, mas creio que vai ser cada vez maior o número de pessoas que ficarão sozinhas e falando alto com amigas durante a sua velhice.
Deus, homens e acaso. Não sei (e creio que ninguém sabe) o percentual que cada um têm na definição de nossos destinos, mas tenho certeza de que falta mais entrega e romance no mundo.
Muitas vezes um beijo, um telefonema ou o reconhecimento de que estava errado pode mudar a sua e a vida dos que gostam de você.