Mesmo negando ter concedido uma entrevista à revista britânica FHM, na qual teria divulgado as razões para a sua aposentadoria – a segunda, pois já havia feito o mesmo em 2008 – Phil Collins confirmou que está mesmo deixando para trás o mundo da música.
Com sete Grammy e um Oscar na bagagem, além de mais de uma dezena de hits por todo o mundo, Collins decidiu se dedicar aos filhos. Na verdade, com 60 anos, zilionnário, com problemas de audição, nas costas e em um nervo de uma das mãos – o que o prejudica na hora de tocar seu instrumento primário (bateria) – e com mais um divórcio no currículo, o músico parece querer mais da vida do que turnês e hotéis.
Na pseudo entrevista para a FHM, Phil teria dito que era o astro pop que ninguém gostava. Na verdade, seu último trabalho – Going Back, uma coleção de canções da Motown – chegou ao primeiro lugar na Inglaterra. Nada mal.
Phil, que durante anos viveu na Inglaterra, tendo como vizinhos Eric Clapton e Pete Townshend, hoje vive na Suíça, um tanto recluso. Afinal, separação nunca é bom. O ex-baterista do Genesis parece que, como toda pessoa que ama, não supera bem o fim de um relacionamento.
Claro que há quem ache Collins chato, meloso, com cara de bancário, etc. Mas é preciso respeitar alguém que consegue construir uma carreira repleta de canções pop daquelas que grudam no ouvido. Ou vai dizer que não fica difícil tirar da cabeça melodias como as de In the Air Tonight, No Reply At All, I Cannot Believe It’s True, Sussudio, That’s All, One More Night, Don’t Lose My Number, Against All Odds, Easy Lover, Invisible Touch, Another Day in Paradise, I Wish It Would Rain Down……
Phil, sentiremos muito a sua falta. Em épocas de Ladies Gaga e afins, perder um gênio pop do seu quilate é muito triste.
PS: O mundo teve uma overdose de Phil Collins nos anos 80. Mesmo assim ele nunca perdeu o bom humor. Costumava dizer antes de tocar In the Air Tonight: “Vocês devem estar pensando: Lá vai ele tocar a porra daquela canção”. Bem, eu vou mesmo!“. Brilhante!