Wilson Simonal (1939-2000) foi um dos maiores cantores do Brasil e um dos maiores artistas do país.
Disputou em popularidade com Roberto Carlos e dividiu o palco com nomes como Sarah Vaughan.
Porém, um deslize (ou engano) o tornou persona non grata e figura esquecida da MPB durante décadas.
Em 2009, com o lançamento do documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei, começou uma série de relançamentos em homenagem ao artista.
Simona ganhou um CD com a trilha sonora do documentário, uma caixa com todos os seus discos lançados pela EMI, um disco raro gravado na época da Copa do Mundo de 70, shows que viraram CD e DVD com artistas da MPB gravando suas canções.
Agora, é a vez da coletânea Simonal – Sempre (Som Livre).
O novo lançamento é daqueles que devem fazer parte da discografia básica de qualquer pessoa que pretende entender a música brasileira e seu cenário dos anos 60 e 70.
Canções como Nem vem que não tem e Mamãe Passou Açúcar em Mim, Sá Marina e Meu Limão, Meu Limoeiro, são resgatadas do limbo para recuperarem seu lugar de destaque na MPB.
Mas todas as 16 faixas são de primeira linha. Impossível escolher o que destacar em um repertório que inclui Vesti Azul, A Tonga da Mironga do Kabuletê, Mustang Cor de Sangue e Tributo a Martin Luther King.
Difícil saber se a série de lançamentos será suficiente para recolocar Simonal em seu lugar, mas, com certeza, permitirá tirar do limbo canções que ecoam na memória de qualquer um com mais de 40 anos.
Serviço
Simonal – Sempre
Gravadora: Som Livre
Preço: R$ 13,90
Esse texto também foi publicado no Portal R7