Pouco tempo atrás escrevi que achava o iPad um gadget sem muita utilidade. Já não sou grande fã dos notebooks e, embora esteja cada vez mais difícil viver sem eles, não creio que um tablet possa substituí-los com qualquer tipo de vantagem. Claro que gostaria de testar o bichinho, mas, enquanto ele não chega ao Brasil, fica a curiosidade.
Outro dia, enquanto tomava café em uma mega padaria d’além mar (Niterói), vi – pela primeira vez ao vivo – um iPad. A minha impressão a distância (sem crase) foi a mesma: É um iPhone gigante ou um notebook miniatura. Pequeno demais para agradar, grande demais para ser portátil e discreto. Enquanto lia meu jornal (em papel) tranquilamente, o dono do iPad lutava para conseguir um lugar para o aparelho na mesa (que já era pequena para o café). Pude ver que ele acessou o conteúdo do O Globo, mas que também estava cheio de dedos (sujos) para operar ogadget.
Com certeza os problemas para conseguir ler algo no iPad não vale a perda do prazer de ir até uma banca e comprar a versão em papel. No mínimo, valeria mais estar munido de um laptop ou netbook. Vários jornais brasileiros já anunciaram o lançamento de aplicativos para o iPad, mas, applemaníacos que me perdoem, acho que a coisa não vai pegar por aqui.